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Influenza: especialistas comemoram avanços

Na última terça-feira, 03/05, especialistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estiveram reunidos no campus de Manguinhos com representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, do Instituto Adolpho Lutz (São Paulo) e do Instituto Evandro Chagas (Pará), instituições de referência na área, para debater aspectos relacionados às questões de vigilância epidemiológica e virológica da influenza. O encontro foi uma preparação para o período sazonal da doença no Brasil, que se inicia nos meses mais frios do ano, em varias regiões brasileiras. Avanços como a disponibilização do tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a maior capacidade laboratorial para monitoramento dos vírus que circulam no país e a ampliação da faixa etária para a vacina foram reforçados.

“Após a pandemia de influenza em 2009, houve mudanças. Neste momento, estamos revendo quais serão as estratégias para que possamos melhorar ainda mais a vigilância da influenza no país. Esta é uma ação periódica. Trabalhamos no monitoramento das cepas que circulam no Brasil para que estas informações sejam repassadas à Organização Mundial de Saúde, que, em setembro, reúne um comitê para analisar quais as cepas que circulam no hemisfério Sul. As cepas predominantes serão indicadas para compor a vacina do próximo ano”, explica a chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, Marilda Siqueira, anfitriã do encontro. O Laboratório atua como referência nacional em influenza junto ao Ministério da Saúde. 

Gutemberg Brito

Segundo os especialistas, uma nova fase da vigilância se inicia. Hoje há como definir uma ação preventiva, realizar a predição de risco e intervir para reduzir a mortalidade e as complicações severas decorrentes da doença  

 

Para o coordenador geral de doenças transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, José Ricardo Marins, os avanços na área de vigilância, tratamento e prevenção são um legado positivo da pandemia que assolou o mundo recentemente. “Retomamos a vigilância em influenza enquanto uma doença de importância para a saúde pública. Tínhamos um comportamento que subestimava esta importância, valorizada somente em momentos em que surgiam vírus novos, desconhecidos, que poderiam causar internações e aumentar a taxa de mortalidade”, pontua.

Segundo o especialista, não havia condições adequadas para investigar a presença da influenza como agente causador de mortes ou complicações. “O grande ganho para o próximo ano foi a disponibilização do tratamento no SUS e o aumento da capacidade laboratorial em diagnóstico. Hoje, toda a rede pública disponibiliza o medicamento e conta com laboratórios que realizam a detecção do vírus e, em casos indicados, o recolhimento da amostra. Começamos a desenhar uma nova fase da vigilância, já que temos como definir uma ação preventiva, realizar a predição de risco e intervir com o objetivo de reduzir a mortalidade e as complicações severas decorrentes da doença”, comemora Marins.

Ele ressalta que a parceria com os laboratórios de referência também é fator determinante nas conquistas na área. “O trabalho com os laboratórios de referência é essencial porque são eles que nos fornecem as respostas que precisamos. Sem saber quais os vírus que circulam, como se comportam e se há resistência aos medicamentos, não é possível direcionar nossas estratégias”, conclui o representante do Ministério da Saúde.

Renata Fontoura

05/05/2011

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).


 

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