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Memórias do IOC: edição disponível gratuitamente online

A nova edição da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, já disponibilizada gratuitamente online, destaca em seu editorial os desafios que a chegada do vírus tipo 4 da dengue ao Rio de Janeiro traz à vigilância epidemiológica. Assinado pela chefe do Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Rita Nogueira, e pela coordenadora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde de Niterói, Ana Eppinghaus, o texto apresenta um panorama da dispersão do vírus no país e reforça a importância da detecção rápida dos primeiros casos de dengue causados pelo tipo 4 na região Sudeste. A revista traz,  ainda, estudos inéditos sobre resistência de Aedes aegypti  a inseticidas, rotavírus, rinovírus e densovírus, além de artigo de revisão que aborda os recentes avanços na caracterização de elementos no genoma do Trypanosoma cruzi. Para acessar a edição completa, clique aqui.

Rotavírus

Estudo realizado pela Universidade Federal de Sergipe em parceria com o Institute of Infection and Global Health da University of Liverpool (Reino Unido) descreveu a incidência de diarreia por rotavírus em amostras de crianças menores de um ano de idade vacinadas e não vacinadas para o agravo. As amostras foram monitoradas a cada duas semanas durante dois anos. No primeiro ano, a média de todos os episódios de diarreia foi de 0,87% e 0,84% em crianças vacinadas e não vacinadas, respectivamente. Durante o segundo ano, o número de episódios diminuiu para 0,52% e 0,42%. Apenas 16 amostras foram positivas para o rotavírus (dez em crianças vacinadas e seis em não vacinadas).

Densovírus e infecção pelo vírus da dengue

Artigo publicado por pesquisadores da Fiocruz-Paraná, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade do Estado do Mississipi (Estados Unidos) descreveu a primeira caracterização genética e biológica de densovírus isolado no Brasil e analisou a relação filogenética entre este isolado com outros brevidensoviruses. Além de demonstrar que este densovírus tem potencial para ser usado no controle biológico de infecção pelo vírus da dengue (DENV), experimentos de coinfecção in vitro forneceram evidências de que o densovírus isolado no país é um vírus de rápida propagação que afeta o crescimento celular e infecção por DENV.
 
Rinovírus

Estudos recentes mostram que rinovírus humanos (VFC) podem causar doenças graves em crianças, especialmente quando o paciente é coinfectado com um segundo vírus. Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia analisaram a relação entre os rinovírus humanos do trato respiratório inferior de crianças e o possível envolvimento de um agente viral respiratório secundário. Ao longo de um período de nove anos, 532 aspirados nasofaríngeos (NPAs) de crianças foram coletadas. A presença de vírus respiratório secundário foi detectada em 37,3% das amostras. O diagnóstico clínico mais frequente foi bronquiolite, seguido por doença do trato respiratório inferior e pneumonia. Resultados da pesquisa sugerem que a infecção por um segundo vírus não eleva a frequência de síndromes graves em crianças com infecção no trato respiratório inferior.

Trypanosoma cruzi

Devido à disponibilidade de seu genoma sequenciado e às melhorias nos protocolos utilizados para a manipulação genética do Trypanosoma cruzi, os últimos anos marcaram grandes avanços na compreensão dos mecanismos de controle de expressão gênica deste parasito. Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais assinam o artigo de revisão que destaca os recentes avanços na caracterização de elementos cis e transatuante no genoma do T. cruzi que estão envolvidos nos mecanismos reguladores pós-transcricionais. O estudo aponta que o advento das tecnologias de sequenciamento de última geração, como a sequencia de RNA, oferecerá metodologias mais desenvolvidas para o estudo do gene expressão e estudos do genoma dentro de um único experimento.

Resistência do Aedes aegypti na Guiana Francesa

Com objetivo de estabelecer o nível de resistência do Aedes aegypti a inseticidas e a eficácia das estratégias de pulverização no combate ao vetor, artigo publicado por pesquisadores do Institut Pasteur de la Guyane, da Guiana Francesa, analisou as estratégias de combate ao mosquito a fim de fornecer informações práticas para implementar o controle do vetor e manejo da resistência a inseticidas. A partir de testes, a pesquisa registrou, respectivamente, alta e média perda de eficácia dos inseticidas AquaK'othrine ®  e Paluthion ®. O estudo concluiu que o Fenitrothion permaneceu o candidato mais eficaz para aplicação na Guiana Francesa até a sua retirada, em dezembro de 2010. 


Para acessar a edição completa, clique aqui.

31/05/2011

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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