Encontro discute novas tecnologias para criopreservação de material biológico
O evento Advances in cryopreservation for biomedical research, dedicado aos avanços em criopreservação para pesquisas biomédicas, foi realizado nesta terça-feira (30/08), no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). As técnicas de isolamento e manutenção a baixas temperaturas de materiais biológicos para estudos científicos foram o foco do encontro que contou com a presença de palestrantes do Fraunhofer Institute, da Alemanha.
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Foto: João Paulo Soldati |
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Saladin Osmanov, representante da UNAIDS, em palestra no IOC, apresentou dados atuais na busca pela vacina contra o HIV. |
Na abertura do evento, Saladin Osmanov, coordenador do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), ministrou a palestra 'Desenvolvimento da vacina contra o HIV, a importância da qualidade de materiais clínicos e reagentes relacionados para pesquisas futuras'. O pesquisador contou que nos últimos 20 anos tem dedicado sua vida ao desenvolvimento de uma vacina contra o HIV. “Desde 1991, venho buscando este objetivo. A descoberta de um imunizante para esta doença que cresce a cada ano é um processo longo e um desafio enorme para a comunidade científica. As técnicas de criopreservação, no caso das pesquisas em HIV, são fundamentais para guardar e preservar os materiais biológicos para futuras pesquisas”, afirmou o especialista, que apresentou dados recentes da iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Tailândia, onde um candidato vacinal está em testes.
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Foto: João Paulo Soldati |
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Jovens pesquisadores atentos às informações. Acredita-se que no Brasil, segundo dados de 2010 do Ministério da Saúde, existam 630 mil pessoas entre 15 e 49 anos de idade infectadas pelo vírus. |
Desafios na criobiologia e como garantir a qualidade do material biológico utilizado em pesquisas também foram temas pautados na discussão. De acordo com Mariza Morgado, vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do IOC, a parceria entre o Instituto alemão e o IOC viabiliza o intercâmbio de conhecimentos. “Esta parceria é fundamental. Novas técnicas e tecnologias em criopreservação vêm sendo desenvolvidas para uma melhor manutenção dos materiais biológicos por longos períodos”, afirma. Estocar estes materiais, segundo Mariza, “é essencial para mantê-los sempre com qualidade e ótima funcionalidade”.
João Paulo Soldati
31/08/2011
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