Brasil: destaque na busca da erradicação do sarampo e da rubéola nas Américas
Pela segunda vez, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o anfitrião de um encontro que reuniu representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), do Ministério da Saúde e do Comitê Técnico Assessor de Eliminação do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita. A reunião, realizada desde quarta-feira (31/08), teve como objetivo atualizar dados e avaliar estratégias adotadas para a comprovação da não circulação dos vírus causadores destes agravos em território nacional.
Foto: Gutemberg Brito |
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Representantes do Comitê Técnico Assessor de Eliminação do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita avaliaram as ações adotadas na busca da eliminação da circulação dos vírus no país |
A presidente do Comitê Técnico, Rosane Will, ressaltou a atuação do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, referência nacional e internacional para o tema, como um diferencial na busca da certificação da não circulação dos vírus no país. “A comissão foi formada a partir da necessidade de elaborar um relatório histórico da situação epidemiológica do sarampo e da rubéola no Brasil e um dos pontos mais altos do plano para a certificação é a atuação qualitativa do laboratório do IOC, já que temos que buscar a identificação do genótipo viral dos casos suspeitos para comprovar que não há transmissão sustentada”, ressaltou a especialista.
Segundo o representante da OPAS, Brendan Flannery, os esforços realizados no Brasil – tanto na ações de vigilância, quanto nas campanhas de imunização realizadas – colocam o país em posição destaque em relação aos outros países das Américas. “O Brasil está mais avançado do que os outros países. As ações de vigilância laboratorial são muito fortes e podem nos trazer dados confiáveis que comprovam a eliminação da circulação dos vírus”, pontuou.
Para o representante do Ministério da Saúde, Ricardo Marins, a reunião reforça o compromisso político do país na erradicação dos agravos. “As ações e estratégias adotadas estão sendo avaliadas e analisadas por um comitê externo nacional. Posteriormente, um relatório será enviado para um comitê internacional. Não há transmissão autóctone de sarampo no país e em relação à rubéola desde janeiro de 2009. Isto mostra que nossos esforços estão surtindo efeito e que podemos nos tornar um exemplo para os outros países do continente”, concluiu.
01/09/2011
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)
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