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Memórias do IOC online para acesso gratuito

A edição de agosto da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz está disponível online gratuitamente. A revista destaca estudos da Índia sobre leishmaniose visceral, avanços no controle do rotavírus e pesquisas sobre malária. A revista traz também estudos sobre dengue tipo 2, hepatites B e C, meningite  eosinofílica, febre amarela e o vírus influenza A (H1N1). Para acessar a edição completa, clique aqui.

Leishmaniose visceral

Estudo desenvolvido na Índia mostra avaliação comparativa entre regiões endêmicas e não-endêmicas de leishmaniose visceral naquele país baseada em tecnologia espacial e cobertura vegetal. O estudo serve para subsidiar a tomada de decisões para a vigilância e controle do vetor da doença. Compreender o ecossistema dos flebotomíneos, insetos vetores da doença, é um pré-requisito para a criação das medidas de controle. A pesquisa identificou lugares adequados para a reprodução do vetor de Phlebotomus argentipes com relação às características ambientais entre locais endêmicos e não endêmicos, além de estudar a associação entre parâmetros climáticos e a densidade do vetor. Os resultados indicaram que a temperatura e umidade relativa do ar são as melhores características para delimitar a distribuição de P. argentipes. A análise confirmou que o mosquito, em regiões endêmicas, tem preferência por terrenos onde há pantanos e pomares, enquanto que em regiões não-endêmicas os vetores preferem florestas com vegetação densa.

Rotavírus

Pesquisa norte-americana desenvolvida pelo laboratório Merck & Company em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) projeta a eficácia da vacina RotaTeq ® contra o rotavírus, agente amplamente relacionado a internações hospitalares devidas a gastroenterites  no Brasil. O RotaTeq ® é uma vacina oral pentavalente contra o rotavírus (RV5), que mostrou alta eficácia na prevenção da gastroenterite por rotavírus (RGE) em ensaios clínicos randomizados já realizados em países industrializados, mas não no Brasil.Informações coletadas nos anos de 2005 e 2006, em hospitais de Goiânia, Porto Alegre, Salvador e São Paulo, sobre as proporções de infecções por rotavírus atribuíveis aos sorotipos G1, G2, G3, G4 e G9, revelam que houve uma redução de 93% nas hospitalizações por  gastroenterite por rotavírus (RGE) entre crianças menores de 5 anos. O resultado sugere que a RotaTeq ® pode substancialmente prevenir hospitalizações relacionadas à RGE no Brasil.

Malária

Um estudo da University College Hospital em Ibadan, no sudoeste nigeriano, avaliou durante cinco anos 840 crianças de ambos os sexos, com até 15 anos de idade, portadoras de malária, que desenvolveram ou não um quadro de anemia.Verificou-se que a diminuição dos níveis de hemoglobina na circulação sanguínea em pacientes com esta doença é associado com o aparecimento na corrente sanguínea de gametócitos do parasito, formas infectante para o mosquito vetor. Aparentemente, há uma tendência há aparecerem mais gametócitos masculinos em crianças com anemia. Os resultados mostram também que o aparecimento de gametócitos de Plasmodium falciparum, sete dias pós-tratamento, foi significativamente mais frequente em crianças anêmicas.

DENV-2 e febre amarela

Realizado pelo Laboratório de Imunologia Viral do IOC e pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), o trabalho 'Dengue-2 and yellow fever 17DD viruses infect human dendritic cells, resulting in an induction of activation markers, cytokines and chemokines and secretion of different TNF-a and IFN-a profiles' analisou, in vitro, o poder de infectividade do vírus da dengue tipo 2 (DENV2),  de uma vacina contra a febre amarela e de uma vacina quimérica (dengue e febre amarela) para células dendríticas (DCs) derivadas de monócitos. Os parâmetros avaliados foram a ativação celular, a maturação e a produção de citocinas. As células dendríticas (DCs) são alvos do vírus da dengue e da febre amarela e são as primeiras células que interagem com estes vírus durante uma infecção, o que leva a uma indução de imunidade protetora em humanos. Nos experimentos foi observado diferenças entre os padrões de produção de diferentes citocinas por DCs quando infectadas pelo próprio DENV2 ou com as vacina, sugerindo que estas diferenças nas respostas celulares podem influenciar a evolução da patogenia nos pacientes com dengue.

H1N1

Pesquisa realizada pelo Centro de Virologia do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, sobre a análise molecular por sequenciamento do gene da hemaglutinina (HA) de 90 amostras do vírus da gripe A (H1N1) isoladas na pandemia ocorrida no Brasil, em 2009 e 2010, destaca o papel de vigilância do vírus da gripe suína para o estudo da evolução viral, além de monitorar a propagação do vírus a nível mundial. Verificou-se a presença de algumas mutações em diferentes pontos do genoma do vírus e foi detectada a associação entre um caso fatal e um dentre os vários tipos de mutação no vírus.

João Paulo Soldati

19/09/2011

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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