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Reunião debate erradicação da oncocercose

Foi realizada em Manaus, entre os dias 20 e 22 de setembro, a II Reunião do Programa Nacional da Eliminação da Oncocercose. Com o tema ‘Como evoluímos no período de março a setembro de 2011 no projeto de eliminação da Oncocercose no Brasil’, o evento teve o objetivo de promover o encontro dos grupos que integram a iniciativa para discutir os problemas e soluções possíveis na luta para erradicação da doença. Participaram da reunião representantes do Programa Nacional de Eliminação de Oncocercose nas Américas (OEPA), do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e de outros órgãos de saúde.

Segunda Marilza Herzog, chefe do Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do IOC, houve avanços desde a primeira reunião do Programa, ocorrida em março de 2011. O trabalho realizado pelas equipes brasileiras consiste no monitoramento e tratamento da população mais atingida pela doença, os cerca de 13 mil índios Yanomami que vivem na região amazônica. “O emprego do medicamento é importante para a eliminação da oncocercose, pois permite diminuir a carga parasitária de microfilárias tanto na população humana quanto nos mosquitos que atuam como vetores da doença. Mas é um processo árduo e de longo prazo”, avalia a pesquisadora.

O combate à doença, no entanto, enfrenta uma série de desafios, como a geografia da região Amazônica, que apresenta dificuldades de acesso, e as próprias características das populações indígenas. “Os Yanomami são nômades, não obedecem às fronteiras e encontram-se dispersos em um território amplo e para o qual não há vias de acesso regulares e rápidas”, explica Marilza. “Apesar da oncocercose nem sempre receber a importância que merece como um problema nacional, existe um grande comprometimento das equipes que atuam nestas regiões e enfrentam todas essas dificuldades com o objetivo de erradicar a doença até 2015”, conclui. 


“Cegueira dos rios”

A oncocercose é uma doença parasitária crônica. Caracteriza-se pelo aparecimento de nódulos subcutâneos sobre superfícies ósseas, em várias regiões do corpo. Os nódulos são indolores e móveis e neles se alojam os vermes adultos. Eles eliminam microfilárias que podem causar manifestações cutâneas e atingir os olhos, provocando alterações variadas, como conjuntivite, edema palpebral e até lesões do nervo óptico, podendo levar à cegueira, quadro comum na África, mas raro no Brasil.

 

Vinicius Ferreira
27/09/2011

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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