Uma delegação composta por quatro autoridades chinesas está no Brasil com o objetivo de investigar a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) e poder implementar um plano de combate a este agravo no país asiático. Representantes chineses do Centers for Diasease Control and Prevention (CDC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde na China (OMS), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pesquisadores de três unidades da Fiocruz, incluindo o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram do encontro realizado nesta quarta-feira (17/11), no Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
Foto: Marcelo Neves / IFF |
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A comitiva chinesa é composta por Aiqiang Xu (CDC, da província de Shandong), Yujie Ma (CDC, da província de Heilogijang), Dawei Yan (Health Bureau, ligado ao Ministério da Saúde da República Popular da China) e Zhiije Na (OMS). Depois do Brasil, grupo segue para o Chile. |
Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC – referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Opas em rubéola e sarampo –, é uma das anfitriãs da comitiva. A virologista disse que o objetivo da visita da delegação asiática que veio ao Rio de Janeiro é conhecer melhor como são feitas as campanhas nacionais de vacinação em massa. “Além das campanhas de vacinação, existe interesse em conhecer o que ocorre posteriormente, que é o contínuo monitoramento dos casos suspeitos, para que sejam confirmados ou descartados. Como o Brasil fez uma ampla ação em 2008 contra a rubéola [em que obteve 98% de homens e mulheres adultos jovens vacinados], as autoridades chinesas vieram conferir de perto quais as estratégias adotadas e realizadas nesta iniciativa que atingiu 70 milhões de pessoas”, pontuou.
Foto: Marcelo Neves / IFF |
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Carlos Castillo-Solorzano (Opas) traçou um panorama da SRC em diversos países do mundo em especial da região latinoamericana. |
O evento contou com a palestra do assessor regional da Unidade de Imunização da Opas, Carlos Castillo-Solorzano e da pesquisadora da Comissão Nacional para Eliminação do Sarampo / Rubéola e SRC da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), Glória Regina de Sá. Participaram ainda membros da direção e de departamentos do IFF/Fiocruz, a médica de Saúde da Família da Rocinha, Edila Morgan, e a responsável pela Vigilância Epidemiológica do Sarampo, Rubéola e SRC da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Mônica Stavola. Após a visitação ao IFF, a delegação foi a um posto de saúde, para observar seu funcionamento.
Foto: Marcelo Neves / IFF |
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Comitiva chinesa foi convidada por membros do IFF para conhecer as dependências do Instituto. |
“Assim como os países latinoamericanos, buscamos a eliminação da rubéola e sarampo no nosso país. Sabemos que a Opas realiza um grande esforço no combate a estes males e é por isso que estamos aqui, para compartilhar experiências e coletar informações”, disse Zhiije Na, representante do Centro Colaborador da OMS na China.
Segundo Carlos Castillo-Solorzano (Opas), o encontro traz a oportunidade de compartilhar o conhecimento com outros povos. “Muitos países latinoamericanos, como o Brasil, já eliminaram a rubéola e muitos outros vêm buscando a eliminação do vírus do sarampo há alguns anos. As autoridades chinesas vieram conferir de perto nossas experiências, as melhores práticas e as lições que foram aprendidas. A China já iniciou a vacinação contra a rubéola e os pesquisadores aqui presentes querem ver de perto quais estratégias os latinoamericanos já implementaram”, afirmou o assessor regional da Unidade de Imunização da Opas.
Foto: Marcelo Neves / IFF |
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Autoridades da Fiocruz, da Opas e da China reunidas em frente a sede do IFF. Logo após a visita, a delegação foi a um posto de saúde na região para observar seu funcionamento. |
“É muito importante para os países terem este intercâmbio de informações com as Américas para que também possam conhecer as iniciativas no combate à doença, tanto para interromper as transmissões virais e também para evitar casos importados", sublinhou Carlos. Para o representante da Opas, Brasil e Chile são os países que melhor desenvolveram técnicas de vigilância e controle da Síndrome de Rubéola Congênita.
João Paulo Soldati
18/11/2011
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