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Solidariedade científica

Na última quarta-feira (23/11), o Senado Federal aprovou por unanimidade o Decreto Legislativo nº 235/2011, que trata do acordo entre os governos do Brasil e Moçambique para instalação da sede do Escritório Regional da Fiocruz na África. O trâmite do texto no Congresso Nacional foi iniciado há um ano e a previsão é de que a promulgação seja publicada no Diário Oficial da União (DOU). O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) integra o esforço de cooperação científica internacional com a África por meio de ações em pós-graduação desde 2007, ainda nas fases iniciais do estabelecimento da parceria.

De acordo com José Luiz Telles, diretor do Escritório Regional da Fiocruz na África, a aprovação do Decreto no Senado representa a última etapa de tramitação no Congresso Nacional, mas o decreto não regulamenta o Escritório da Fiocruz no continente africano, uma vez que há necessidade de um dispositivo legal específico.

Parceria já consolidada

Em 2007, por iniciativa da Presidência da República, no âmbito do Ministério das Relações Exteriores, foi criado curso de Pós-graduação em Ciências da Saúde em Maputo, coordenado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) para a formação de mestres na área de Biociências e Saúde, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique.

O curso de mestrado acadêmico, que teve início em março de 2008, visa formar mestres dentre os funcionários do INS com ênfase em diagnóstico molecular e imunopatogenia de doenças infecciosas e contribuir na busca de soluções para os problemas de saúde pública do país. Professores brasileiros ministram aulas na capital moçambicana, juntamente com professores daquele país. O Programa funciona como um consórcio dos três maiores Programas de Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (Biologia Celular e Molecular, Biologia Parasitária e Medicina Tropical). Cada estudante possui um orientador brasileiro e um coorientador moçambicano, de forma a criar ambiente de parceria entre pesquisadores dos dois países.

 Foto de arquivo

 

Primeira turma do curso de Pós-graduação em Ciências da Saúde em Maputo, Moçambique.

A primeira turma de mestrado fecha um ciclo que iniciou há quatro anos. Dez alunos já defenderam suas dissertações acadêmicas. A última defesa de Mestrado ocorreu nesta quarta-feira (30/11), em Maputo. A estudante Helena Fernando Chavale, do INS, apresentou a dissertação 'Impacto da co-infecção HIV-malária por Plasmodium falciparum na carga parasitária nos níveis de hemoglobina e no comprometimento imune-celular em pacientes adultos de Maputo, Moçambique', sob a orientação das pesquisadoras Alda Maria Da-Cruz, do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisas Médicas (IOC/Fiocruz) e Sonia Enosse (INS). A banca contou com a presença do coordenador brasileiro do Programa, Wilson Savino, a Vice-Presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, e dos pesquisadores moçambicanos Ricardo Thompson e Nilusa de Deus. A dissertação foi aprovada por unanimidade.

Segundo Wilson Savino, o fato de que todos os alunos tenham sido aprovados nas disciplinas durante a fase inicial do curso e terem conseguido terminar o mestrado, “é mais que um indicador: é um significador do êxito do Programa”, finaliza.

João Paulo Soldati

01/12/2011

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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