‘Mycobacterium tuberculosis ancient DNA detection in human remains from Pretos Novos cemetery from 18th 19th century, Rio de Janeiro, Brazil’ foi o tema que deu à estudante de doutorado Lauren Jaeger o prêmio Cockburn Student Prize Award no IV Congresso da Associação de Paleopatologia da América do Sul (PAMinSA), realizado em Lima, Peru, em novembro. “É a primeira vez que o prêmio é concedido a um estudante brasileiro”, comemora Alena Mayo Iñiguez, pesquisadora do Laboratório de Genética Molecular de Micro-organismos do IOC. A aluna do programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do Instituto faturou o prêmio na categoria apresentação em pôster.
O estudo é parte da tese de doutorado ‘Análise Paleogenética da Tuberculose no Rio de Janeiro’, que demonstra a presença de DNA antigo das bactérias do complexo Micobacterium tuberculosis em quatro de 16 indivíduos provenientes do sítio arqueológico Cemitério dos Pretos Novos, dos séculos 18 e 19, no Rio. O trabalho acadêmico de Lauren é coordenado pela pesquisadora Alena Mayo Iñiguez em colaboração com a cientista Sheila Ferraz Mendonça de Souza, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), e Ondemar Dias, diretor do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB).
Cemitério
O sítio arqueológico Cemitério Pretos Novos localiza-se na zona portuária do Rio de Janeiro, no bairro da Gamboa. O local era destinado a enterrar escravos vindos da África entre 1769 e 1830. Segundo informações do Portal Arqueológico dos Pretos Novos, é o único sítio conhecido na América em que a maioria das pessoas enterradas era de origem africana, vítimas das más condições em que eram transportadas nos navios, chegando a óbito ao aportar no Rio ou no mercado de escravos.
João Paulo Soldati
08/12/2011
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