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Evento internacional premia pesquisa

Estudo sobre inibidores naturais de venenos de serpentes foi escolhido como um dos destaques do 17º Congresso Mundial de Toxinologia, realizado no Havaí

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Toxinologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi premiado na categoria Melhor Trabalho apresentado na Forma de Pôster, durante a 17ª edição do Congresso Mundial de Toxinologia. Realizado a cada três anos, o evento, que aconteceu no mês de julho, no Havaí, Estados Unidos, é o mais importante da área. Na edição de 2012, 344 trabalhos foram aprovados.

A pesquisa premiada, `The Interaction of the Antitoxin DM43 with a Snake Venom Metalloproteinase Analyzed by Mass Spectrometry and Surface Plasmon Resonance`, foi coordenada pela pesquisadora do Laboratório de Toxinologia, Ana Gisele Neves Ferreira, e apresentada no Congresso pelo pesquisador do Laboratório Richard Valente, um dos coautores do estudo, que teve como objetivo caracterizar molecularmente o complexo formado entre a proteína antiofídica DM43 e a jararagina, principal metaloprotease hemorrágica do veneno da serpente Bothrops jararaca. A DM43 é um inibidor endógeno isolado do plasma do gambá Didelphis aurita, um animal resistente aos efeitos tóxicos de diversos venenos botrópicos. O estudo é resultado da colaboração de pesquisadores do IOC com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Instituto Butantã, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade de Oxford e a Universidade do Sul da Dinamarca.

Foto: CIT/SC

O estudo caracterizou molecularmente o complexo formado entre a proteína antiofídica DM43 e a jararagina, principal metaloprotease hemorrágica do veneno da serpente Bothrops jararaca

Ainda na temática de inibidores naturais de venenos de serpentes, o pesquisador e chefe do mesmo Laboratório, Jonas Enrique Perales, apresentou oralmente os resultados da tese de doutorado da aluna Surza Lúcia Rocha, que apresentou o mapeamento das regiões de interação entre a proteína antimiotóxica DM64 e a miotoxina II do veneno de Bothrops asper. “A ideia da pesquisa foi definir qual a menor porção da molécula do inibidor necessária à manutenção de sua atividade biológica”, explicou o pesquisador.

O resultado positivo rendeu novas conquistas aos pesquisadores, que foram convidados pelo presidente da Sociedade Internacional de Toxinologia, Ponnampalam Gopalakrishnakone, a escrever três capítulos de revisão nas temáticas de ‘Proteopeptidômica de Venenos’ e ‘Inibidores Naturais de Venenos’, que serão incluídos no próximo Manual de Toxinologia (Handbook of Toxinology), publicação de referência na área. Os estudos apresentados no Congresso também estarão disponíveis na Toxicon, revista científica reconhecida mundialmente. “Estar presente em eventos deste porte dá visibilidade à instituição, despertando o respeito da comunidade científica e ensejando novas colaborações e trocas de experiências com outros grupos de prestígio internacional”, concluiu Perales.

Manoela Andrade
13/08/2012
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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