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Lugar de destaque em doença de Chagas

Estudo que mapeou os 80 grupos de pesquisa mais produtivos do mundo inclui cinco pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz)

Mais de um século depois de escrever seu nome na história da ciência com a descoberta da doença de Chagas, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) permanece atuando de forma importante nos estudos sobre este agravo. Artigo publicado na edição de julho/agosto da Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, coordenado por pesquisadores da Espanha, do Peru e da Coreia do Sul, mapeou os 80 grupos mais produtivos em doenças de Chagas no mundo. Destes, 46 são brasileiros, 11 da Fiocruz, e cinco pertencem ao IOC. Na lista, são citados os pesquisadores Ana Maria Jansen (Laboratório de Biologia de Tripanossomatídeos), José Rodrigues Coura (Laboratório de Doenças Parasitárias), Maria de Nazareth Meirelles (Laboratório de Ultraestrutura Celular), Solange Lisboa de Castro (Laboratório de Biologia Celular) e Tania Araújo-Jorge (Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos). Para acessar o artigo, clique aqui.

O objetivo do estudo foi analisar a autoria de artigos científicos sobre doença de Chagas publicados em revistas científicas indexadas na base Medline, entre os anos 1940 e 2009. A partir da avaliação de 13.989 trabalhos produzidos por 21.350 autores, constatou-se que 1.008 autores publicaram mais de nove trabalhos (4,7%), 6.623 publicaram entre dois e nove trabalhos (31%) e 13.719 autores publicaram apenas um trabalho (64,3%).

Com o uso de indicadores bibliométricos, foram calculados o número de artigos publicados, número de autores e de colaborações em artigos e trabalhos. Segundo o estudo, foi identificada a presença de 148 grupos de pesquisa constituídos de 1.750 autores. O artigo também aponta que a colaboração entre autores aumentou significativamente durante o período do estudo.

“O resultado deste estudo é muito interessante. Pesquisadores europeus se debruçam sobre o que foi produzido em relação a um dado tema, e descobrem que o conhecimento em doença de Chagas não registra o Brasil apenas como o descobridor da doença e um grande formulador das estratégias de controle, mas demonstra, também, o compromisso essencial de toda a comunidade científica do país com a produção continuada de conhecimento sobre a doença. E nisso é muito bom que um estudo externo confirme essa forte presença da Fiocruz e do IOC na investigação dos diferentes aspectos de uma doença negligenciada, diretamente ligada a condições de pobreza”, comentou Tania Araújo-Jorge, uma das pesquisadoras citadas no estudo e atual diretora do IOC. “A crescente colaboração entre grupos de pesquisa, evidenciada no estudo, retrata uma nova fase da ciência brasileira, de agregação de esforços e criação de dinâmicas de redes”, acrescentou.

O artigo atribuiu o elevado número de pesquisadores brasileiros entre os 80 profissionais mais produtivos do mundo no tema ao desenvolvimento do sistema científico do país, que se tornou a principal referência científica na América do Sul. A Rede Brasileira de Atenção e Estudos na Coinfecção Trypanosoma cruzi/HIV e em outras condições de imunopressão, criada em 2006 para coordenar e organizar a rede de saúde brasileira e integrar grupos internacionais, também foi citada como um dos destaques na atuação brasileira.

Manoela Andrade
15/08/2012
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