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Eliminação da oncocercose é tema de encontro

Evento organizado pela SVS, em parceria com o IOC, analisou os avanços da iniciativa regional para eliminação da doença

A oncocercose é uma doença parasitária que no Brasil atinge a população indígena Yanomami, na região amazônica, especialmente em Roraima. Referência nacional na área, o Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participou da organização da II Reunião de Avaliação e Planejamento do Programa Brasileiro de Eliminação da Oncocercose (PBEO), realizado sob a responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.  O evento, que aconteceu em Manaus, entre os dias 28 e 30 de agosto, reuniu profissionais do Ministério da Saúde, além de representantes da Secretaria de Vigilância em Saúde(SVS), da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Programa de Eliminação da Oncocercose nas Américas (OEPA), e da Organização Panamericana de Saúde (OPAS).

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Para a pesquisadora Marilza Herzog, a iniciativa contribuiu para discutir e pactuar metas nacionais para sustentar e garantir o alcance da meta regional deste ano, que é interromper a transmissão da doença no Brasil

Com o tema central “Como temos evoluído em 2012 no projeto de eliminação da Oncocercose no Brasil?”, o encontrou teve a finalidade de analisar os avanços da iniciativa regional para eliminação da oncocercose nas Américas, debater a situação do Brasil nesse contexto e avaliar os avanços na coordenação Brasil-Venezuela. 

De acordo com a chefe do Laboratório de Referência Nacional em Simulídeos e Oncocercose do IOC, Marilza Herzog, o evento, que é assistido pelo Programa para Eliminação da Oncocercose nas Américas (OEPA), possibilitou a troca de informações sobre o tema e o acompanhamento das diretrizes para o aperfeiçoamento técnico, visando a maior eficiência do PBEO. “A iniciativa nos permite discutir e pactuar metas nacionais para sustentar e garantir o alcance da meta regional deste ano, que é interromper a transmissão da doença no Brasil”, explicou a especialista. “Além disso, os dados apresentados este ano sobre o diagnóstico molecular nos vetores foi avaliado positivamente pelo pesquisador Unnasch, consultor da OEPA para Biologia Molecular, sobre a primeira auditação de resultados sofrida pelo Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do IOC”, finalizou Marilza.

“Cegueira dos rios”

A oncocercose é uma doença parasitária crônica. Caracteriza-se pelo aparecimento de nódulos subcutâneos, em várias regiões do corpo. Os nódulos são indolores e  neles estão alojados vermes adultos. Eles eliminam microfilárias que podem causar manifestações cutâneas e atingir os olhos, provocando alterações variadas, como conjuntivite, edema palpebral, lesões do nervo óptico, podendo culminar com a cegueira, quadro comum na África, mas raro no Brasil.


Caroline Carneiro
06/09/2012
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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