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Biossegurança no trabalho de campo

Quarta edição de Curso Básico de Biossegurança aborda os cuidados na captura e no manuseio de pequenos mamíferos silvestres

A importância da biossegurança nos trabalhos de campo, os equipamentos que devem ser utilizados e os cuidados necessários ao realizar a captura de animais foram alguns dos temas abordados nesta segunda-feira, 05/11, durante o primeiro dia do ‘IV Curso Básico de Biossegurança no Trabalho de Campo com ênfase na Captura e no Manuseio de Pequenos Mamíferos Silvestres’. Organizado pela Comissão Interna de Biossegurança do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o evento, que acontece até sexta-feira, 09/11, reúne estudantes, funcionários e profissionais da área da saúde.

De acordo com a coordenadora do curso e chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, Elba Regina Sampaio de Lemos, a importância do projeto está na integração entre diversas instituições de ensino e pesquisa, que permite discutir soluções para o correto trabalho de campo. “Mais importante do que ter um equipamento de última geração, é ter o conhecimento de como e quando utilizá-lo corretamente”, enfatiza.

 Gutemberg Brito/IOC

 

 Elba Regina Sampaio de Lemos, uma das coordenadoras do curso, destacou o envolvimento de diferentes instituições como o diferencial do encontro

Na aula de abertura, ‘A importância da biossegurança no trabalho de campo com captura de animais silvestres e o risco de zoonose’, Elba explicou que os acidentes em campo ocorrem justamente em procedimentos nos quais não são aplicadas as práticas de biossegurança, e elencou as doenças mais contraídas: dengue, febre amarela, febre maculosa, peste, Influenza, hepatite B, malária, leishmanioses, raiva, doença de Chagas e esquistossomose. “Precisamos conhecer os sinais e sintomas das possíveis zoonoses que podem ocorrer nas diferentes regiões de estudo, vacinar a equipe, usar os equipamentos adequados e descartar os materiais biológicos e químicos corretamente”, ensinou.

‘A captura e o manuseio de pequenos mamíferos silvestres – biossegurança nos procedimentos de campo’ foi o tema da palestra do também coordenador do curso e pesquisador do Laboratório de Biologia e Parasitologia de Mamíferos Silvestres Reservatórios, Paulo Sérgio D’Andrea. Segundo o especialista, o planejamento de uma expedição científica envolve as áreas de estudo e captura, a coleta, a conservação, o transporte de materiais e os aspectos legais, sendo que todas essas ações devem ser executadas seguindo as medidas de biossegurança. “Já avançamos bastante com as boas práticas de laboratório e o Programa de Qualidade, mas no trabalho de campo, que é uma vertente muito importante no IOC e na Fiocruz, precisamos chamar a atenção para os aspectos da biossegurança para a prevenção da contaminação por zoonoses”, afirmou.

 Gutemberg Brito/IOC

 

 Paulo Sérgio D'Andrea ministrou uma aula sobre os cuidados necessários para uma expedição científica

Como encerramento da quarta edição da iniciativa, os alunos participarão de aula prática em que aprenderão sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Práticas seguras em livro

Os assuntos abordados nas edições do curso ganharão o formato de um livro em 2013. Aprovado pela editora Fiocruz, a publicação ‘Procedimentos, riscos e biossegurança no trabalho de campo com ênfase nas atividades com animais silvestres’, conta com a participação de autores de diferentes instituições.

Manoela Andrade
07/11/2012
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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