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Multiplicadores de conhecimento

Profissionais de saúde dos estados do Rio de Janeiro, Rondônia, Ceará e São Paulo participam do curso de Malacologia Médica promovido pelo IOC

Todos os anos, o Laboratório de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Referência Nacional em Malacologia Médica para o Ministério da Saúde, oferece o curso de Malacologia Médica para profissionais da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). A fim de ampliar o conhecimento para especialistas de outras regiões do país, a edição de 2013 foi aberta à participação de profissionais dos estados de Rondônia, Ceará e São Paulo. Entre os dias 18 e 22 de fevereiro, eles terão a oportunidade de aprender sobre malacologia e receberão treinamento que inclui aulas teóricas e, principalmente, práticas e trabalho de campo para a identificação e controle dos moluscos. O curso é promovido em parceria com o Laboratório Central Noel Nutels da SES-RJ.

 Gutemberg Brito

 

Profissionais de saúde fazem curso de capacitação no Laboratório de Referência Nacional em Malacologia Médica

De acordo com a pesquisadora e chefe do Laboratório de Malocologia do IOC, Silvana Thiengo, o objetivo da capacitação é treinar os especialistas para que se tornem multiplicadores de informação em suas regiões, a fim de realizar ações de vigilância e controle de vetores da esquistossomose e de outros moluscos que transmitem doenças de importância médico-veterinária, como fasciolose. “Durante esses cinco dias, eles vão aprender, através do trabalho de campo e aulas práticas e teóricas, todas as etapas do processo de coleta e identificação desse material”, explica a malacologista.

Segundo Silvana Thiengo, os participantes terminarão o curso sabendo identificar também as espécies exóticas, que se tornaram um agravo a ser enfrentado nos ambientes terrestre e aquático.  “A Achatina fulica, conhecida como caramujo africano, por exemplo, tem se mostrado um problema no ataque a hortas e jardins e está associado à transmissão de meningite eosinofílica”, destacou. A pesquisadora enfatiza também os cuidados no manuseio da espécie. “A catação dos caramujos africanos deve ser realizada diariamente, de manhã e à noite, sempre com as mãos protegidas porque é através do muco que a doença é transmitida. Para eliminá-los, é importante deixá-los em uma solução de água com sal ou cloro e, ao descartá-los, se possível, é necessário quebrar as conchas para que não acumulem água”, explica. 

Informação para todos
De acordo com Nilton Neves, diretor de Departamento de Controle de Zoonoses de Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho, em Rondônia, participar da capacitação e se tornar um multiplicador desse conhecimento na região onde mora será fundamental para o controle dos caramujos na região: “Estamos recebendo o treinamento para servir de multiplicador para a equipe que trabalha no controle de caramujos em Porto Velho. Nessa época do ano, aumenta muito a incidência dos caramujos e a população tem reclamado muito porque eles invadem as residências. Então, a capacitação nos ajudará a orientar os moradores sobre a forma correta para o controle”, destacou.

Já Adriana Skeffe, que trabalha como multiplicadora da Secretaria Municipal de Saúde de Horizonte, cidade metropolitana do Ceará, ressalta a importância do treinamento. “Trabalho com educação e saúde no município de Horizonte, no Ceará, onde capacito agentes comunitários de saúde e a malacologia será mais um item de conhecimento para eles”, declara.

Gutemberg Brito

 

 Nilton Neves, diretor de Departamento de Controle de Zoonoses de Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho, analisa o caramujo africano

 

Vanessa Sol
19/02/2013
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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