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Ministério da Saúde se prepara para o inverno

IOC promove capacitação dos Laboratórios Centrais de sete estados brasileiros para diagnóstico da Influenza e de outros vírus respiratórios    

Esteve em todos os jornais: no último inverno do hemisfério norte, os Estados Unidos foram surpreendidos por uma grande epidemia de Influenza A causada pelo subtipo H3N2. Dos 50 Estados, 47 foram afetados e, apenas em Nova York, 20 mil casos foram registrados entre o final de dezembro e o início de janeiro, levando o governador a declarar estado de emergência. Com o objetivo de preparar a rede pública de saúde para este cenário, o Ministério da Saúde vai implementar, nos Laboratórios Centrais (Lacen), a PCR em tempo real. O método de diagnóstico fornecerá resultados mais detalhados e rápidos para todos os subtipos de vírus influenza em circulação neste momento e, também, para outros sete tipos de vírus respiratórios que começam a circular nas regiões Sul e Sudeste a partir de abril. Para capacitar os profissionais nesta técnica, o Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promove, entre 11 e 15 de março, um curso para representantes dos Lacens de sete estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Bahia. O Instituto Adolpho Lutz, em São Paulo, e o Instituto Evandro Chagas, em Belém, ficaram responsáveis pela capacitação de vários outros estados.

Gutemberg Brito

Lacens de sete estados participaram do curso promovido pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC 

À frente do curso estão a chefe do laboratório, Marilda Siqueira, e o pesquisador Fernando Motta. De acordo com Marilda, a PCR em tempo real substituirá os testes de imunofluorescência nos Lacens e permitirá diagnosticar os vírus parainfluenza tipos 1, 2 e 3; o vírus sincicial respiratório (VSR), maior responsável por infecções pulmonares em crianças menores de dois anos; o adenovírus; o metapneumovírus e o rhinovírus. A iniciativa integra o conjunto de ações do Ministério, implementadas a partir de 2012, que têm como objetivo melhorar a vigilância do influenza e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG ou SARI, na sigla internacional). “O influenza provoca epidemias anuais durante o outono e o inverno, mas nunca sabemos qual será a variante predominante e o seu impacto. Na Europa, por exemplo, não houve grande expressão do H3N2. Mas estamos nos preparando para ele”, diz Marilda.

A pesquisadora alerta que a vacinação contra a gripe, que deverá ter início nos próximos meses, é indicada para toda a população. Como a doença pode se manifestar de forma mais grave em crianças, idosos e portadores de doenças crônicas, o governo garante a esses grupos a dose gratuita. Marilda desfaz o mito de que a vacina cause a gripe. “É comum as pessoas culparem-na por um resfriado contraído logo após a imunização. Mas é preciso entender que uma vacina contém nada mais do que um vírus inativado e particulado. O que pode acontecer, principalmente nesta época do ano, é contrair um dos diversos vírus respiratórios contra os quais ela não protege”, explica. O Laboratório do IOC é credenciado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como referência para estudos em Influenza.


 

Isadora Marinho
14/03/2013 - atualizada em 11 de março
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