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Conhecimento sem fronteiras: OPAS participa de treinamento em rotavírus

Representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) participam de treinamento para o diagnóstico de rotavírus no IOC

O Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) recebeu, entre os dias 11 e 22 de março, representantes de dez países da América Latina, membros da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), para o curso de ‘Treinamento em Diagnóstico de Rotavírus’. A capacitação visa proporcionar a formação teórica e prática dos participantes. 

A perspectiva do treinamento é fornecer aos profissionais de saúde da Venezuela, Peru, Chile, Bolívia, Paraguai, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e Guatemala subsídios para o diagnóstico da doença e para a análise da genotipagem do rotavírus. De acordo com o pesquisador do Laboratório, José Paulo Leite, o estudo de rotavírus tem apresentado alta complexidade e, por isso, é fundamental conhecer seu genótipo, que é feito através do método molecular. “Os profissionais estão sendo treinados em metodologia molecular de genotipagem de rotavírus para atender às demandas da vigilância epidemiológica”, esclareceu o pesquisador.

 Gutemberg Brito

 

Representantes de dez países da América Latina, membros da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), participaram do curso de ‘Treinamento em Diagnóstico de Rotavírus’ no IOC

O combate ao rotavírus no Brasil conta, desde março de 2006, com um importante aliado: a vacinação gratuita, incluída no calendário nacional de imunizações. A partir da iniciativa, alinhada às ações sociais, foi possível reduzir a morbidade e mortalidade infantil. Atualmente, grande parte dos países da América Latina já adota, pelo menos, um tipo da vacina como parte de ações de saúde pública em imunizações. Segundo o pesquisador, é importante que os países latino-americanos identifiquem o perfil dos genótipos do rotavírus para vigilância epidemiológica após as estratégias de imunização. “Essas ações estão ocorrendo em diferentes países ao mesmo tempo para a identificação da eficácia da vacina e para verificar se estão surgindo novos genótipos”, explicou.

De acordo com a coordenadora da Rede de Laboratórios de Doenças Preveníveis por Vacinação da OPAS, Gloria Reyes, a necessidade do treinamento surgiu da própria Organização em decorrência da importância de qualificar ainda mais os profissionais dos países participantes para que eles retornem aos seus locais de origem e implementem a metodologia utilizada pelo laboratório, que é referência em rotavírus. “Esta é a segunda vez que representantes da OPAS participam do treinamento. Nosso objetivo é fortalecer a capacidade de respostas dos laboratórios de cada país, que poderão melhorar a qualidade dos dados sobre o rotavírus”, sintetizou a coordenadora.

O Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental participa constantemente de visitas a laboratórios da América Latina a fim de apoiar a OPAS na identificação da capacidade física e de recursos humanos que esses laboratórios possuem para implantação do processo de diagnóstico e da genotipagem do rotavírus. A iniciativa visa à capacitação dos mesmos nesses processos. Com bases nessas ações, a intenção é que o Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental torne-se também referência regional para a OPAS e para a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vez que o mesmo já é referência regional em rotaviroses para a Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde no Brasil.

 Vanessa Sol

22/03/2013
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

 

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