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Exposição entra para o ano 'Alemanha + Brasil 2013-2014'

A mostra que resgata a história de 110 anos do Museu da Patologia do IOC é reconhecida como exemplo da cooperação histórica entre os dois países. A exposição foi prorrogada até o fim de 2013.

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O acervo centenário da exposição ‘Corpo, Saúde e Ciência: o Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz’, aberto ao público há três meses, recebeu um importante reconhecimento internacional. A mostra foi incluída no calendário oficial do ano ‘Alemanha + Brasil 2013-2014’, que tem como objetivo estreitar as relações entre os dois países e incentivar novas parcerias. A exposição, que foi prorrogada e pode ser visitada até o fim de 2013, tem entrada gratuita e acontece de terça a sexta-feira, das 9h às 16h30 (com agendamento prévio, pelo telefone 21 2590 6747), e aos sábados, das 10h às 16h (visitação livre), na Sala 307 do Castelo da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro (Av. Brasil, 4.365).

O curador da exposição e chefe do Laboratório de Patologia do IOC, Marcelo Pelajo, afirma que a cooperação com a Alemanha está presente na história do Museu de Patologia desde a sua criação, em 1903. "O Museu da Patologia foi criado a partir da experiência de Rocha Lima durante uma temporada no país, desenvolvendo pesquisas com discípulos de Rudolph Virchow, que é o pai da patologia moderna. Ao retornar ao Brasil, o cientista apresentou a Oswaldo Cruz os métodos alemães de conservação de amostras para estudo. Desta conversa, surgiu a ideia de reunir um acervo com amostras representativas do território brasileiro, que resultou na criação do Museu da Patologia do IOC", explica o pesquisador. "O Museu é um exemplo de inovação no Brasil a partir de uma interação com a Alemanha e esta intensa colaboração faz parte da história da Fiocruz como um todo, e especificamente do IOC e da Casa de Oswaldo Cruz, que é parceira do Instituto na curadoria da exposição", acrescenta.

‘Quando ideias se encontram’ - lema do ano ‘Alemanha + Brasil 2013-2014’ – também reflete o espírito da parceria entre os dois países ao longo da existência do Museu de Patologia. Marcio Weichert, coordenador do Centro Alemão de Ciência e Inovação de São Paulo (DWIH-SP, na sigla em alemão), um dos responsáveis pela organização da iniciativa, reforçou que o pioneirismo de Rocha Lima foi um dos principais motivos para a inclusão da exposição na programação oficial do Ano. "Recebemos muito bem a inscrição da exposição, porque de fato Rocha Lima teve sua trajetória e sua produção científica marcadas por um estreito relacionamento com cientistas alemães. Com a criação do Instituto Oswaldo Cruz, ele foi um dos responsáveis por lançar as sementes da cooperação que até hoje a Fiocruz mantém com as instituições científicas da Alemanha", afirma.

De acordo com Marcelo Pelajo, a participação da exposição no ano 'Alemanha + Brasil 2013-2014' é uma oportunidade de estreitar ainda mais a relação de cooperação histórica entre os países. "Além da grande visibilidade gerada pela inclusão no calendário oficial da temporada, temos a expectativa de intensificar a colaboração científica bilateral que já existe e vem sendo cultivada ao longo do último século", finalizou.

A exposição

Parte de um importante patrimônio da ciência e da saúde dos brasileiros, quase dizimado durante o período da ditadura militar, o acervo da exposição voltou ao seu lugar de origem – o Castelo Mourisco, no campus de Manguinhos - e ao alcance de todos. Desenhos anatômicos, fotos, documentos e instrumentos médicos raros usados em exames e tratamentos, além de vacinas antigas, reunidos desde o início do século XX, são parte da exposição ‘Corpo, Saúde e Ciência: o Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz’.

 Gutemberg Brito

 

 Modelo tridimensional do corpo humano atrai a curiosidade dos visitantes

A mostra apresenta peças anatômicas, além de objetos e documentos que totalizam cerca de 100 itens que integram o acervo histórico original de algumas das Coleções Biológicas de maior valor histórico mantidas pelo IOC e pela Fiocruz: a Coleção da Seção de Anatomia Patológica, criada em 1903 pelo próprio sanitarista Oswaldo Cruz, a partir das amostras trazidas da Alemanha pelo pesquisador Rocha Lima; a Coleção de Febre Amarela (1930-1970), que registra a história das epidemias do agravo no país; e a Coleção do Departamento de Patologia do IOC, iniciada em 1984. A exposição integra as atividades do Museu da Vida da COC/Fiocruz, e foi incluída no roteiro da visita guiada ao Castelo Mourisco.

 

Marina Saraiva
04/06/2013 - Atualizado em 12/09/2013
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