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Seminário Laveran & Deane chega à maturidade

Promovido pelo IOC, evento completou 18 anos e reuniu pesquisadores da França, do Brasil e alunos de pós-graduação de sete Estados brasileiros na Ilha de Itacuruçá, na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro

Em 18 anos, 256 alunos de pós-graduação, com seus respectivos projetos de pesquisa embaixo do braço, assim como 39 ouvintes, passaram pelo Seminário Laveran & Deane sobre Malária. Até hoje, 88 professores doutores e 21 relatores participaram das mesas de avaliação e dos grupos de trabalho (responsáveis por propor sugestões de melhorias e consolidá-las em relatórios aos alunos), possibilitando que estudantes de todo o país aperfeiçoassem seus projetos sobre novas drogas, resposta imune, biomarcadores, controle dos vetores e demais áreas de interesse para a malariologia. O encontro de 2013, promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) entre os dias 30 de setembro e 04 de outubro, reuniu nove mestrandos e seis doutorandos de oito instituições de pesquisa selecionados, além de pesquisadores e doutores do Brasil e da França na Ilha de Itacuruçá, na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro.

Claudia Castro

 

 Na edição de 2013, 14 participantes tiveram seus trabalhos de pós-graduação analisados no Seminário Laveran & Deane sobre Malária

Inspirado em uma iniciativa francesa, o evento é coordenado pelo presidente da Federação Internacional de Medicina Tropical e Malária e chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do IOC, o pesquisador Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, que organiza o evento com a pesquisadora Maria de Fátima Ferreira-da-Cruz, do mesmo laboratório. Um dos principais objetivos é estimular o desenvolvimento de estudos sobre a doença em centros de pesquisa da Região Norte, endêmica para a malária. Neste ano, os números mostram que a meta vem sendo alcançada: 35% dos projetos selecionados são oriundos da região, contra os 20% selecionados em 2012 e os 26% de 2011. “Rio de Janeiro e São Paulo ainda concentram a maior parte dos grupos de pesquisa do país, mas observamos que os projetos, de forma geral, estão cada vez mais qualificados”, apontou Daniel-Ribeiro. Mesmo com o expressivo número de trabalhos da Amazônia, a região abriga apenas 18% dos Institutos de Pesquisa do País.

O evento comporta apresentações dos estudantes, com 10 minutos de duração, seguidas por uma discussão. Essas sessões são intercaladas com conferências de pesquisadores convidados. “Nestes 18 anos, o Laveran & Deane amadureceu e conquistou uma dinâmica de performance elevada. Hoje, é tradição termos sempre a palestra de um técnico do Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária (PNCM), bem como a presença de um epidemiologista, de um pesquisador francês  e de um professor relator em cada grupo de trabalho”, explicou o pesquisador. Dentre os temas trabalhados pelos estudantes nesta edição, estão estratégias comunitárias de controle da doença, novas alternativas de quimioterápicos, polimorfismos de genes no contexto da infecção e outros. “É importante frisar que não é nossa função redesenhar o projeto, mas, sim, apontar eventuais fraquezas que o trabalho do aluno apresente em um momento onde ainda é possível realizar mudanças”, esclareceu.

Ainda de acordo com o pesquisador, a organização vai adotar novos critérios de seleção a partir do ano que vem. A prioridade para projetos de pesquisa desenvolvidos em programas de pós-graduação da Região Norte será mantida. “Estudantes que estiverem no primeiro ano de mestrado ou no segundo ano de doutorado passam a ter preferência. Além disso, orientadores com maior produtividade e os que tenham participado do Laveran & Deane como alunos também terão mais chances”, disse Daniel-Ribeiro. Em 2015, ano em que o evento completa 20 anos, é prevista a realização de um congresso com todos os ex-participantes.


 

Isadora Marinho
14/10/2013
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