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Pesquisadora do IOC assume coordenação do ELSA-Brasil no Rio

Rosane Griep substituiu Dóra Chor, da ENSP. Desde 2008, o estudo coleta dados sobre a saúde de quase dois mil funcionários da Fundação Oswaldo Cruz

O maior estudo longitudinal de saúde do adulto já realizado na América Latina – o ELSA-Brasil – agora conta com uma pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz no time de coordenadores. Rosane Griep, do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde, que participava como pesquisadora do estudo desde 2006, passa a compor o Comitê Diretivo da iniciativa, representando o Centro de Investigação do Rio de Janeiro (CI) ao lado da pesquisadora Maria de Jesus Mendes da Fonseca, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz). O ELSA-Brasil, vinculado à ENSP na contrapartida da Fiocruz, coleta dados sobre a saúde de cerca de 1.800 funcionários ativos e aposentados da instituição, com o objetivo de investigar a progressão e os fatores de risco de doenças crônicas cardiovasculares e do diabetes. Dóra Chor, da ENSP, e Marilia Sá Carvalho, do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz), coordenaram o Estudo por sete anos e continuam na equipe de pesquisadoras.

Divulgação ENSP/Fiocruz

 

Da esquerda para a direita: Marilia; as novas coordenadoras Rosane e Maria de Jesus; e Dóra. O ELSA-Fiocruz coleta informações de cerca de 1.800 funcionários  

A cada três anos, o ELSA promove uma avaliação presencial dos seus 15.105 voluntários, funcionários públicos federais entre 35 e 74 anos distribuídos entre os seis centros de investigação no país. “Costumamos dizer que nossa análise vai da molécula ao social, por isso, buscamos identificar fatores biológicos, comportamentais, ambientais, ocupacionais e sociais no surgimento destas doenças crônicas. Analisamos, por exemplo, a vizinhança e o contexto de moradia do participante, pois sabemos que  também podem afetar a saúde do indivíduo”, explica Rosane.

Além da avaliação presencial, o ELSA entra em contato com os participantes por telefone, para acompanhar sua situação de saúde. De acordo com Rosane, o Estudo terá duração de, pelo menos, 10 anos, e seus resultados deverão contribuir para as políticas de vigilância e atenção básica desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Com o rápido envelhecimento da população, doenças crônicas como as cardiovasculares têm sido, nas últimas décadas, as principais causas de mortalidade e morbidade no Brasil. “Nossa população vive em diferentes contextos de desenvolvimento social e econômico. Porém, grande parte das pesquisas sobre doenças crônicas ainda são realizadas nos Estados Unidos e na Europa. O ELSA-Brasil é o primeiro grande estudo voltado à análise destes agravos no nosso contexto de diversidade”, explica.

Cerca de 1.300 participantes da Fiocruz já compareceram ao Centro de Investigação na segunda etapa do estudo, que iniciou em setembro do ano passado e tem previsão de término no primeiro semestre de 2014. “É fundamental garantir o retorno dos participantes ao Centro de Pesquisa num estudo de coorte. Essa é a essência do estudo e somente o acompanhamento ao longo do tempo trará informações inexistentes sobre as doenças crônicas no Brasil. Não basta comparecer apenas em uma etapa. O participante precisa ter uma avaliação continuada, senão teremos perdas de dados que são primordiais nesse tipo de análise”, destacou Rosane.

Em maio de 2013, o ELSA-Brasil lançou oficialmente sua fan page no Facebook. A página tem o objetivo de divulgar informações e novidades sobre a pesquisa, além de criar um canal de comunicação com seus participantes, comunidade acadêmica, parceiros e apoiadores. Além da Fiocruz, participam do ELSA as seguintes instituições públicas: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal Espírito Santo (UFES), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O estudo é financiado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, por intermédio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE/MS), Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit/MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

 

Isadora Marinho
5/11/2013
Autorizada a reprodução sem fins lucrativos desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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