Realizado pelo IOC, workshop ‘Tópicos avançados em Proteômica’ recebeu o pesquisador cubano Gabriel Padrón e reuniu cerca de 100 pessoas em quatro dias de palestras e discussões
O estudo da proteômica, ciência que se propõe a identificar e analisar, de forma integrada, o conjunto de proteínas expressas pelas células e tecidos, serve a uma gama diversificada de pesquisas - do diagnóstico de doenças ao desenvolvimento de novos medicamentos. Entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, cerca de 100 pessoas, dentre pesquisadores e estudantes de pós-graduação, se reuniram no campus da Fiocruz, em Manguinhos, para o workshop ‘Tópicos avançados em Proteômica’, realizado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Destaque do evento, o pesquisador Gabriel Padrón Palomares, da Divisão de Química Física do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Havana, em Cuba, se uniu a outros 10 palestrantes na missão de apresentar as aplicações da espectrometria de massa, uma das principais ferramentas utilizadas na área.
Gutemberg Brito |
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Referência mundial em proteômica, Gabriel Padrón é titular de diversas patentes de compostos de uso farmacêutico |
Coordenadora do evento e pesquisadora do Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose do IOC, Patrícia Cuervo afirmou que, embora a proteômica desperte o interesse de estudantes de especialidades diversas, muitos encontram dificuldades para iniciar suas pesquisas. “O workshop representou o pontapé inicial para esses jovens estudantes, pois o professor Padrón conseguiu transmitir a eles desde os conhecimentos básicos até as mais modernas aplicações, bem como projeções futuras para a área”, disse. Padrón, por sua vez, comemorou o fato de o auditório estar sempre cheio. “Me preocupei em passar informações suficientes para fazê-los entender que trabalhar com proteômica é possível, embora tenha seus desafios. Além disso, fiquei encantado com as palestras dos especialistas brasileiros, que estão fazendo um belíssimo trabalho na área”, ressaltou.
Gutemberg Brito |
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Cerca de 100 pessoas participaram do evento, que contou com palestras de pesquisadores brasileiros e estrangeiros ao longo de quatro dias |
Responsável pela palestra ‘Proteômica no Brasil: Desafios e perspectivas’, o chefe do Laboratório de Toxinologia do IOC, Jonas Perales, destacou a importância do intercâmbio de conhecimento entre profissionais da Biologia e Bioinformática com os da Proteômica. “Este esforço é fundamental para manter e ampliar as conquistas da Pesquisa no Brasil, o 10º país no ranking de publicações nos principais periódicos sobre o tema, o Journal of Proteomics e a Proteomics”, afirmou. Membro da Sociedade Brasileira de Proteômica e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gilberto Domont assinalou o compromisso da entidade em alavancar a produção científica sobre o tema. “Cerca de 60% dos espectômetros de massa adquiridos no Brasil estão parados por falta de recursos humanos capacitados para operá-los. É nossa obrigação oferecer soluções de treinamento e consultoria”, explicou.
Ao lado de Patrícia, também coordenaram o workshop os pesquisadores Ana Gisele Neves Ferreira, do Laboratório de Toxinologia, e Leonardo Sabóia Vahia, do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas. A participação de Padrón foi viabilizada pelo Programa Professor Visitante do Exterior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo apoio da Vice-direção de Ensino, Informação e Comunicação do IOC e do Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde (PDTIS) da Fiocruz.
Isadora Marinho
05/11/2013
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