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Bússolas invisíveis para o tratamento da asma

A aplicação da Nanotecnologia para vetorização de fármacos foi debatida durante o evento

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Direcionar os medicamentos para alvos específicos no corpo humano, sejam células, órgãos ou tecidos: este é um dos principais desafios dos usos da nanotecnologia no campo da saúde. O trabalho da farmacêutica Andressa Bernardi, pesquisadora do Laboratório de Inflamação do IOC, liderado pelo pesquisador Marco Aurélio Martins, está pautado nesta lacuna científica. A especialista investiga este direcionamento – chamado de ‘vetorização de fármacos’ – no caso de doenças pulmonares, como a asma.

 Gutemberg Brito

 

O estudo de Andressa Bernardi, pesquisadora do Laboratório de Inflamação do IOC, busca alternativas para a administração de fármacos para doenças pulmonares

 Andressa explica que a nanotecnologia constitui uma área de conhecimento emergente dedicada a estudar materiais de dimensões muito reduzidas, numa escala da ordem de um bilionésimo do metro. No caso das doenças pulmonares, a nanotecnologia pode ser especialmente relevante: são muitos os obstáculos no aperfeiçoamento dos medicamentos que atuam sobre o sistema pulmonar, principalmente no que se refere à biodisponibilidade do fármaco nestes tecidos. A própria capacidade de chegar às camadas mais profundas dos pulmões é um desafio nos fármacos que são administrados por via respiratória – caso das famosas ‘bombinhas’ para asma.

“Com base no uso de nanocápsulas, buscamos alternativas para a administração de fármacos para doenças pulmonares, com o objetivo de usar doses menores e mais direcionadas. Assim, podemos identificar alternativas que contribuam para minimizar efeitos adversos e para reduzir o número de aplicações diárias dos medicamentos”, explica Andressa. Ao mesmo tempo, a pesquisadora investe no estudo de novas substâncias para tratamento da asma, em uma abordagem ‘nano’. Em colaboração com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ela investiga o potencial uso de duas substâncias de origem natural no combate da asma: o resveratrol (presente na uva) e o alfa-bisabolol (principal princípio ativo da camomila), ambas com propriedades benéficas cientificamente conhecidas para diversas finalidades. Atualmente, a pesquisadora testa os resultados de diferentes estratégias de preparo destas substâncias em nanocápsulas. “Os resultados preliminares sugerem que foi possível modular parâmetros importante de fisiologia pulmonar, além de ter sido verificada a redução da presença de leucócitos durante os testes com animais, o que é um indicador importante do potencial farmacológico dessas formulações no tratamento da asma”, destaca Andressa.

07/11/2013
(Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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