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Febre Amarela: uma janela entre o passado e o futuro

Coleção da doença sob a guarda do instituto representa um legado histórico-científico capaz de contribuir para pesquisas e descobertas na área 

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Um verdadeiro tesouro científico sob a guarda do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desde a década de 1930, foi apresentado aos participantes do segundo dia de atividades do 'I Simpósio Jovens Cientistas do IOC'. Trata-se da Coleção de Febre Amarela, que reúne cerca de 500 mil amostras de fígados humanos coletados por viscerotomia, (corte de um fragmento de uma víscera, em geral após a morte).

Pesquisadora do Laboratório de Patologia do IOC, chefiado por Marcelo Pelajo, Barbara Cristina Dias foi a responsável por levar ao público mais informações sobre a Coleção, que faz parte do Museu da Patologia e promove diversas ações nas vertentes de Patrimônio, Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Ensino e Difusão e Popularização da Ciência. Segundo Barbara, atualmente, a pesquisa avança na recuperação e no estudo histológico do acervo, por meio da aplicação de colorações especiais e de marcações com imunofluorescência com o objetivo de entender os microambientes de produção viral. Nesse sentido, a tecnologia é fundamental para lançar um olhar mais apurado para a doença e seus aspectos. “Encontramos casos no acervo de órgãos infectados com mais de uma doença e, na época, os especialistas só conseguiram enxergar uma. Esse achado é favorecido com as técnicas que temos hoje”.

Gutemberg Brito

Barbara Dias, do Laboratório de patologia do IOC, apresentou ao público uma das mais antigas Coleções Biológicas do Instituto  

Para a pesquisadora, o acervo do Museu da Patologia como um todo é importante para a avaliação de doenças que são consideradas negligenciadas, ou seja, aquelas causadas por agentes infecciosos e parasitários. “Hoje, temos patologias guardadas que não existem mais em um nível crônico de avanço. Além disso, temos o material em pré-tratamento de várias doenças tropicais, sendo possível analisar como era o patógeno antes do tratamento e quais foram as mudanças a ele impostas. Isso é fundamental, visto que doenças consideradas extintas estão voltando e, no acervo, há material para conhecer esses agravos”, afirmou.

Como parte do Museu da Patologia, a CFA tem despertado a atenção de jovens e crianças que visitam a exposição “Corpo, Saúde e Ciência: o Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz’”, que fica no Castelo da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro. De acordo com Barbara, “esse material pode servir para despertar nos jovens o interesse pela ciência e pelas carreiras científicas, frente ao atual desinteresse desse público pela área”, concluiu.



Lucas Rocha
08/11/2013
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