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Integração para o Ensino

Ao longo de três dias, palestras, grupos de discussão e atividades de confraternização movimentaram o 5º Fórum de Alunos de Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizado em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro

 

 

 

Ao longo de três dias, palestras, grupos de discussão e atividades de confraternização movimentaram o 5º Fórum de Alunos de Pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), realizado em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. O espaço de discussão e troca de experiências sobre os Programas de Pós do IOC reuniu cerca de 150 pessoas, entre docentes e alunos, com a participação de diversos dos coordenadores de Programas de Pós-graduação. Do debate científico sobre os projetos de pesquisa dos futuros mestres e doutores ao diálogo sobre as reivindicações dos estudantes, a iniciativa realizada pela Vice-direção de Ensino, Informação e Comunicação do IOC foi pautada na integração para o aperfeiçoamento do Ensino.  O evento foi realizado com recursos do IOC e contou com apoio financeiro do Programa de Excelência Acadêmica (PROEX/Capes, por meio dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e em Biologia Parasitária) e do Programa de Apoio a Eventos no País (PAEP/Capes).

 

 

“Toda a programação foi elaborada pela comissão organizadora do Fórum, composta apenas por discentes”, exaltou a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Elisa Cupolillo, durante a cerimônia de abertura do evento. Um diferencial desta edição do Fórum foi a participação de pós-doutorandos. Segundo Elisa, o grupo teve muito a contribuir nas discussões dos projetos científicos. A perspectiva positiva encontra ressonância na opinião do pós-doutorando Márcio Pavan. “A participação do segmento de pós-doutorandos reforçou o elo entre docentes e alunos, afirmou.

Para Wilson Savino, diretor do IOC, o Fórum de Alunos representa um momento único para troca de ideias e para a integração entre alunos e professores dos Programas de Pós-graduação, duas ações que, em longo prazo, contribuem diretamente para o crescimento dos cursos. "Demos prioridade para este evento devido a sua relevância no avanço do Ensino oferecido pelos Programas de Pós do Instituto", disse.

 Gutemberg Brito

 O evento, realizado em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, reuniu cerca de 150 pessoas, entre estudantes e docentes

Trajetórias
No primeiro dia do evento, foi a vez do pesquisador visitante do IOC, Marcello André Barcinski, e do vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rodrigo Stabeli, apresentarem palestras.

Barcinski falou sobre o percurso científico do pesquisador Carlos Chagas Filho, em Manguinhos, traçando um paralelo entre o surgimento tardio das universidades brasileiras e a criação do Instituto de Biofísica, visto como o grande introdutor da pesquisa na universidade brasileira. "As primeiras universidades brasileiras foram a USP (1934) e a Universidade de Brasília UDN (1936). Elas possuem, em suas cartas de princípio, a Pesquisa como atividade fim", contou.

Ao mencionar que, em lei de 1937, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi transformada em Universidade do Brasil (UB), incorporando a ela diversas unidades e institutos já existentes, o pesquisador destacou que, na ocasião, foi incluído como colaborador – o que mostra seu papel em levar a Pesquisa ao campo do Ensino. “Como disse Carlos Chagas Filho, a universidade deve ser considerada uma instituição de pesquisa e não uma instituição de ensino. Ela ensina porque pesquisa”, citou.

Já a apresentação de Stabeli resgatou sua experiência com soroterapia no Norte do País e as atividades desenvolvidas no Centro de Estudos de Biomoléculas Aplicadas à Medicina (CEBio). De jovem promissor a vice-presidente da Fiocruz, o exemplo de Stabeli demonstra como Ensino e Pesquisa se articulam de forma intensa.

Esforço conjunto
As conexões da Fiocruz à história da saúde pública no Brasil e o processo de avaliação dos Programas de Pós-graduação pela Capes nortearam a apresentação da vice-presidente de Ensino, Comunicação e Informação da Fundação, Nísia Trindade, no segundo dia do Fórum. Ela fez questão de ressaltar que, quanto mais um estudante ou pesquisador conhece a história de sua instituição, mais ele se sente parte dela. Sobre a avaliação da Capes, foi categórica: "Não adianta termos o maior pesquisador do mundo, se o conjunto não opera bem. A avaliação da Capes é relativa ao grupo, dos docentes, discentes e coordenações de Programas de pós-graduação. O resultado é fruto de um esforço coletivo", defendeu.

Os desafios na elaboração de projetos de pesquisa e de artigos científicos foram o tema central na apresentação do vice-diretor de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Hugo Caire de Castro Faria Neto. Ele ressaltou a importância de um projeto bem estruturado na busca por financiamento junto às agências de fomento, detalhou os pontos que devem estar presentes em um artigo científico e explicou quais as principais características de um projeto de rede. “A apresentação correta de um artigo científico é extremamente relevante. Afinal, será através dele que vocês vão comunicar, aos outros cientistas, os resultados da sua pesquisa”, enfatizou.

Debate científico
Cada um dos futuros mestres e doutores que participaram do Fórum teve um momento especialmente dedicado para a discussão científica de seu projeto de pesquisa. Foram 12 grupos de trabalho, realizados ao longo do segundo e do terceiro dias do Fórum, numa agenda movimentada.  Os pós-doutorandos contribuíram na moderação dos debates. 

Para a doutoranda Raquel Ferraz, os grupos de trabalho representam o diferencial do Fórum de Alunos, uma vez que propiciam a troca de informações sobre diferentes projetos de pesquisa. “As conversas em grupo fazem com que você saia do seu Laboratório e vá conhecer o que está sendo feito em outros projetos. Para mim, esse é o grande benefício de se promover a integração entre os projetos dos alunos”, comentou Raquel, que também atuou como moderadora.

Questionamentos e soluções
Além da agenda de discussões científicas, os grupos de trabalho debateram temas relacionados à vida acadêmica e às demandas dos estudantes, com foco no aperfeiçoamento da Pós-graduação Strico sensu do IOC. No encerramento do evento, no dia 27/11, cada grupo de trabalho apresentou suas atividades. Sob o comando de Patrícia Ferrão, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, os pontos mais citados pelos grupos foram expostos. As questões técnicas envolvendo o uso das Plataformas Tecnológicas do Instituto e os prazos para aprovações de projetos de pesquisa na Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA/Fiocruz), fundamental para a realização de experimentos, estavam entre os questionamentos.

Em relação às reivindicações, a vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Elisa Cupolillo, adiantou que já estão previstas mudanças para aperfeiçoamento do uso das Plataformas Tecnológicas do Insituto. “Em relação aos prazos para análise e autorização de projetos de pesquisa, esperamos que a estruturação da CEUA do IOC, em fase de implementação pela Vice-direção de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, possa contribuir para uma solução”, destacou. Agradecendo a participação de todos, ela ressaltou a perspectiva do diálogo: “Alcançamos o objetivo principal: a integração dos alunos. As mesas de discussão propostas pelos estudantes e pela Direção foram bastante elogiadas. A meu ver, o Fórum foi um sucesso”, finalizou.
 

Kadu Cayres
28/11/2013
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