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Causa ‘versus’ sintomas

Em busca dos principais vírus por trás dos casos de síndrome respiratória aguda grave, pesquisadores do IOC iniciam estudo em parceria científica internacional com a Fundação Merieux

Tosse, febre e dificuldade de respiração são as principais características da síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Para identificar exatamente quais vírus estão por trás destes casos, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) lideram, no Brasil, um projeto de pesquisa em rede desenvolvido em parceria com a Fundação Merieux/Lyon, França. O objetivo é investigar a correlação entre o vírus Influenza e outros vírus respiratórios em paciente com a doença. A iniciativa já é realizada em países como China e Espanha.

 Gutemberg Brito

 

 Análise feita em diferentes regiões pode fornecer dados sobre a circulação do vírus influenza

Para discutir os detalhes da metodologia de pesquisa, no último dia 08 de abril, as pesquisadoras Florence Pradel e Valentina Picot do Laboratório de Patógenos Emergentes da Fundação Merieux foram recebidas no Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, que atua como referência nacional em Influenza e vírus respiratórios junto ao Ministério da Saúde. Segundo a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório e uma das coordenadoras do projeto, a pesquisa adotará formato multicêntrico e contará com a colaboração de hospitais das cidades do Rio de Janeiro, Fortaleza e Porto Alegre. “A partir dessa distribuição por diferentes regiões brasileiras, realizaremos uma análise comparativa entre os diferentes agentes causadores da doença, o que poderá também fornecer dados sobre a circulação do vírus influenza”, afirma. Os pesquisadores também pretendem avaliar o impacto das infecções respiratórias para o serviço hospitalar.

A virologista explica que o recebimento das amostras de pacientes com a síndrome será o primeiro passo para o início do trabalho. Técnicas de abordagem molecular – para acessar o material genético das amostras – serão adotadas. “A metodologia envolverá a identificação do vírus por meio da aplicação da técnica de PCR em tempo real, seguida da caracterização antigênica e genômica das amostras”, pontua. Além disso, as amostras serão testadas em relação à resistência dos vírus que estão circulando aos medicamentos antivirais disponíveis, o que será realizado pela avançada técnica de pirossequenciamento. Todo o processamento do material será feito pela Fiocruz e a expectativa é de iniciar as atividades ainda em 2014.


Lucas Rocha
28/04/2014
Autorizada a reprodução sem fins lucrativos desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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