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Estudo sobre risco de dengue na Copa é destaque na revista Memórias

Edição também traz estudos sobre vacina contra caxumba e métodos de diagnóstico de HPV

Dado de interesse internacional, o número esperado de casos de dengue entre turistas estrangeiros durante a Copa do Mundo no Brasil é estimado em uma pesquisa publicada na edição de maio da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, que já está disponível gratuitamente online. No artigo, pesquisadores de instituições nacionais e internacionais calculam que o total de visitantes infectados será somente de 33 entre 600 mil turistas, em média. Outros destaques desta edição incluem uma pesquisa que reforça a necessidade de segunda dose da vacina tríplice viral para garantir proteção máxima contra caxumba e um estudo que revela eficácia semelhante para diagnóstico de HPV entre amostras coletadas pelas próprias pacientes e por médicos. A publicação também apresenta um estudo realizado em Cuba que obteve êxito no controle da proliferação de Aedes aegypti em laboratório, utilizando mosquitos machos esterilizados com a droga thiotepa e traz, ainda, um artigo sobre fatores genéticos relacionados ao desenvolvimento de leishmaniose cutânea americana. 

Baixo risco de dengue na Copa
Após um artigo publicado na revista Nature em 2013 afirmar que a dengue pode ser um problema significativo durante a Copa do Mundo no Brasil, um grupo de pesquisadores analisou estatísticas da doença nos meses de junho e julho dos últimos quatro anos e estimou o número de casos esperados entre os visitantes estrangeiros. Considerando a média de transmissão do vírus no período, devem ocorrer apenas 33 casos entre 600 mil turistas do exterior. No cenário menos favorável, o número pode chegar a 59. Já no melhor panorama, haverá somente três registros. As cidades com os maiores números de casos devem ser Fortaleza e Rio de Janeiro. A análise foi realizada por pesquisadores da USP, Unifesp, Fiocruz, Ministério da Saúde e instituições da Inglaterra, Estados Unidos e Singapura. Entre os autores, estão o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, e o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho. Confira o artigo.

Vacina contra caxumba protege mais após segunda dose
Após uma única dose da vacina tríplice viral, conforme protocolo do Ministério da Saúde, apenas 89,5% entre 150 crianças apresentaram anticorpos contra o agente causador da caxumba enquanto todas desenvolveram proteção contra o sarampo e a rubéola. O resultado foi verificado em um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Após a reaplicação do imunizante em nova dose, todas as crianças ficaram protegidas contra caxumba. De acordo com os autores da pesquisa, a conclusão principal e imediata do estudo é a certeza de que duas doses da vacina conferem uma resposta imunológica mais eficiente contra as três doenças. Leia o artigo.

Alternativa para diagnóstico de HPV
Uma pesquisa conduzida pela Universidade Federal do Mato Grosso concluiu que a coleta de amostras feita pelas próprias pacientes é uma alternativa para o exame de detecção do papilomavírus humano (HPV) em países com poucos recursos. Em relação à capacidade de identificação do vírus em análises moleculares pela técnica conhecida como PCR, o estudo indicou que a auto-coleta mostrou eficácia semelhante à coleta realizada por médicos: segundo os dados, a concordância entre os dois métodos foi de 84,6%. O diagnóstico de HPV é importante para a prevenção de câncer do colo do útero, já que a infecção está associada ao aumento do risco de desenvolvimento de tumores. Confira a pesquisa.

Mosquitos estéreis no combate ao Aedes
Pesquisadores de instituições de Cuba e da Itália avaliaram a eficácia do uso de Aedes aegypti esterilizados com a droga thiotepa para reduzir populações do mosquito. Em testes feitos em gaiolas, a introdução de vetores estéreis conseguiu diminuir a quantidade de ovos postos e até eliminar a população de insetos em duas semanas. Segundo os autores do estudo, se os resultados forem comprovados em ambiente natural, a Técnica do Inseto Estéril (TIE), com machos esterilizados com thiotepa, pode ser incorporada a um programa de controle de vetor para combate à dengue em Cuba. Acesse o estudo.

Fatores genéticos na leishmaniose cutânea americana
Com cerca de 30 mil casos diagnosticados por ano no Brasil, a leishmaniose cutânea americana (LCA) é um problema de saúde pública significativo. Neste artigo, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia e de instituições da Austrália e do Reino Unido traçam um panorama dos estudos realizados na última década, na cidade de Corte de Pedra, na Bahia, sobre a influência de características genéticas dos pacientes na evolução de sintomas. Os resultados contribuem para identificar biomarcadores genéticos relacionados à doença e possíveis novos alvos terapêuticos. Acesse o estudo.


Maíra Menezes
26/05/2014
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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