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Combate às Leishmanioses

Palestra, mesa-redonda e atividades com estudantes da rede pública de ensino marcaram a ‘Semana Nacional de Combate às Leishmanioses’

Em virtude da ‘Semana Nacional de Combate às Leishmanioses’, comemorada entre 11 a 15 de agosto, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promoveu uma série de debates sobre o tema. A iniciativa contou com palestras e mesa-redonda que apresentaram o panorama sobre a zoonose nas Américas e no Estado do Rio de Janeiro. Além das atividades realizadas no campus da Fiocruz, em Manguinhos, a programação se estendeu a estudantes da rede pública de ensino. Cerca de 80 alunos do ensino fundamental participaram da ação de conscientização que aconteceu na Escola Municipal Marechal Espiridião Rosas, no bairro do Caju, no Rio de Janeiro.

Organizada pelas pesquisadoras Elizabeth Rangel, do Laboratório de Transmissores de Leishmanioses do IOC, e Fátima da Conceição, do Laboratório de Imunoparasitologia, a programação integrou a disciplina de ecologia das leishmanioses do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Biodiversidade e Saúde do IOC. “Não importa o conceito que tenhamos sobre a leishmaniose. É certo que enfrentamos muitas dificuldades, mas por outro lado, a realização de pesquisas e atividades como estas podem contribuir para a alteração do cenário da doença”, destacou Elizabeth. “Estas iniciativas são uma excelente oportunidade para o intercâmbio de conhecimento”, acrescentou Fátima.

Abrindo a programação especial, o Centro de Estudos do IOC recebeu, no dia 08 de agosto, a assessora regional para leishmanioses nas Américas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Ana Nilce Maia-Elkhoury, que ministrou a palestra ‘Leishmanioses nas Américas: situação epidemiológica, ações realizadas e recomendações terapêuticas’. A especialista abordou o trabalho de controle da doença realizado pela OPAS e ressaltou a importância de estabelecer parcerias para o combate à doença. “É necessário priorizar linhas de pesquisa sobre as leishmanioses e firmar parcerias entre os países para que possamos atuar todos juntos”, disse. A pesquisadora Fátima da Conceição, do Laboratório de Imunoparasitologia do IOC, participou como debatedora da sessão.

Panorama da doença no Rio de Janeiro

Na segunda-feira, dia 11 de agosto, as discussões sobre o agravo marcaram a mesa-redonda ‘As Leishmanioses tegumentar e visceral no Estado do Rio de Janeiro’. Representante da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ), Paula Maria Almeida debateu sobre 'O foco urbano de Leishmaniose visceral no Caju, município do Rio de Janeiro’. Paula descreveu as principais ações realizadas para o controle da doença na região, destacando a criação de um grupo de trabalho responsável pela vigilância epidemiológica, controle do vetor e controle ambiental. “Conseguimos executar a maioria das ações planejadas em suas diferentes etapas, contribuindo para o controle da ocorrência de casos em humanos na localidade e promovendo capacitações com os médicos”, disse. “A situação da doença está bem monitorada, mas os esforços precisam continuar”, concluiu Paula.

 Gutemberg Brito

 

 As estratégias de controle da leishmaniose utilizadas no bairro do Caju foram o tema da palestra de Paula Maria Almeida

Em seguida, foi a vez da coordenadora da Vigilância Ambiental de Volta Redonda, Janaína Rodrigues, ministrar a palestra ‘'A Leishmaniose visceral no município de Volta Redonda’. Janaína apresentou um breve histórico da doença na região e explicou as dificuldades de controle da zoonose no local. “Principalmente, por meio de ações de educação em saúde, desenvolvemos estratégias para que a população tivesse informações sobre a doença e seus aspectos, sempre orientando para que procurassem ajuda dos profissionais de saúde, quando necessário. Desta forma, foi possível efetuar ações de vigilância bem-sucedidas”, disse. “Realizamos também a capacitação com os profissionais de Volta Redonda e isso foi fundamental para dar continuidade ao nosso trabalho”, finalizou Janaína.

Já Cristina Giordano, responsável pela Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da SES-RJ, encerrou os debates com apresentação sobre ‘A Leishmaniose Tegumentar no Estado do Rio de Janeiro’, expondo o panorama atual da zoonose no Estado. “Desde 2007, o número de municípios que apresentaram casos de leishmaniose tegumentar caiu de 92 para 77. No período anterior, de 2005 a 2007, cerca de 92% do Estado tinha notificações. A queda desse número mostra a importância do trabalho de vigilância”, afirmou a especialista.

Preparando pequenos vigilantes

Já na Escola Municipal Marechal Espiridião Rosas, no Caju, cerca de 80 alunos do ensino fundamental participaram da ação de conscientização que aconteceu no dia 13 de agosto. Durante o encontro, os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre a transmissão e prevenção da doença, realizaram atividades práticas de identificação do flebotomíneo, inseto transmissor da leishmaniose visceral, e participaram de jogos lúdicos, como quebra-cabeças, jogos da memória e caça-palavras. A iniciativa contou ainda com a distribuição de folhetos informativos sobre a doença. O objetivo foi difundir informações sobre a leishmaniose visceral, que apresenta alta incidência no bairro.

 Gutemberg Brito

 

 Diversas ações educativas levaram o conhecimento sobre leishmaniose aos pequenos estudantes



A visita contou com a instrução de alunos de Iniciação Científica, Doutorado e Pós-doutorado do Laboratório de Transmissores de Leishmanioses do IOC, além da equipe do Serviço de Referência Nacional em Vigilância Entomológica, Taxonomia e Ecologia de Vetores das Leishmanioses do Instituto. Os alunos de Pós em Biodiversidade e Saúde participaram como avaliadores.



Paula Netto
18/08/2014
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