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Entre aranhas, serpentes e escorpiões

Em parceria com o Instituto Vital Brazil, estudantes conheceram animais peçonhentos com importância médica

A atenção de pesquisadores e estudantes durante a realização de atividades de campo precisa ser redobrada, principalmente quando o assunto é animais peçonhentos, como serpentes, escorpiões e aranhas. Para o conhecimento sobre estes animais e a capacidade de reconhecer estas ameaças em campo, o programa de Pós-graduação Stricto sensu em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizou, entre os dias 24 e 28 de novembro, a disciplina ‘Animais Peçonhentos de Importância Médica’, numa parceria com o Instituto Vital Brazil (IVB). A atividade reuniu especialistas de diversas instituições, incluindo membros da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) e do campus da Fiocruz Mata Atlântica. O encontro apresentou as características gerais de diversos animais peçonhentos, mostrando ainda seres aquáticos que fazem parte deste grupo, como o peixe baiacu e as águas-vivas, e os himenópteros, representados pelas vespas e abelhas. 

 Gutemberg Brito

 

A disciplina visa esclarecer temas de importância médica e aproximar os alunos da realidade encontrada na pesquisa de campo

Abordar a distribuição geográfica, a classificação e biologia desses animais, além de aspectos clínicos e terapêuticos, foram alguns dos objetivos do curso. “Devido ao grande número de profissionais e alunos que realizam atividades de campo, é preciso aperfeiçoar a identificação dos animais peçonhentos de importância médica, com ênfase na epidemiologia, diagnóstico e tratamento de acidentes no Brasil”, destacou a pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses, Elba Lemos, que coordena a disciplina. Além de esclarecer dúvidas sobre temas de importância médica, os participantes tiveram contato com exemplares vivos de serpentes, aranhas e escorpiões. “A parte prática permite aprimorar os conceitos aprendidos na teoria, uma vez que apresenta o modo correto de se manusear esses animais e diferenciar aqueles que são peçonhentos dos que não são”, concluiu Elba.

A colaboração entre instituições é celebrada pelo diretor científico do IVB, Luís Eduardo Ribeiro da Cunha. “Esta parceria é de grande importância em termos de saúde pública por investir na melhor estratégia para reduzir os casos de acidentes com animais peçonhentos: a prevenção. Os conceitos aprendidos serão fundamentais para o treinamento das equipes que atuam no campo em atividades de pesquisa. A disciplina abre ainda um novo leque de opções para a pesquisa científica, como os estudos sobre a produção de soros", destacou.

 Fotos: Gutemberg Brito

 

Os participantes puderam conferir de perto serpentes, escorpiões e aranhas em mostra do Instituto Vital Brazil

O encerramento das atividades desta parceria contou com a presença da vice-diretora de Serviços de Referência e Coleções Biológicas do IOC, Eliane Veiga Costa; dos coordenadores da disciplina, Elba Lemos, pesquisadora do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, e Cláudio Machado, chefe do Setor de Herpetologia do IVB; do diretor científico do IVB, Luís Eduardo; e do coordenador geral de Pós-graduação da Fiocruz, Milton Ozório Moraes. “A disciplina agrega conteúdos que estão diretamente ligados à essência da Medicina Tropical, como o caso dos acidentes com cobras e até mesmo com abelhas. Estes temas estão sempre presentes no Brasil, seja no campo ou nas cidades, portanto precisam ser valorizados”, destacou Eliane.

Lucas Rocha
01/12/2014
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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