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Nova configuração nos Laboratórios do IOC

O cenário atualizado da Unidade é resultado do processo de credenciamento e entrou em vigor nesta quarta-feira (01/07)

Os Laboratórios de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) atuam na geração de conhecimento, produtos e serviços na área biomédica para atender as necessidades da saúde da população brasileira. Para acompanhar as novas abordagens científicas e corresponder aos desafios que surgem a cada dia, o IOC possui, agora, uma nova composição, que conta com 72 Laboratórios [Clique aqui para conhecer]. O cenário atualizado da Unidade é resultado do processo de credenciamento avaliado por renomados especialistas de diversas instituições e referendado pelo Conselho Deliberativo, instância máxima de decisão no Instituto. A nova configuração entrou em vigor nesta quarta-feira (01/07).

Dentre as novidades estão a criação do Laboratório de Entomologia Médica e Forense e do Laboratório de Estudos Integrados em Protozoologia e a incorporação do Laboratório de Ecoepidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses ao Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde. Além disso, o nome do Laboratório de Transmissores de Hematozoários foi alterado para Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários, o Laboratório de Bioquímica de Peptídeos passou a se chamar Laboratório de Bioquímica Experimental e Computacional de Fármacos, assim como o Laboratório de Transmissores de Leishmanioses mudou para Laboratório Interdisciplinar de Vigilância Entomológica em Díptera e Hemíptera, o Laboratório de Toxoplasmose agora se chama Laboratório de Toxoplasmose e outras Protozooses, e o Laboratório de Simulídeos e Oncocercose trocou para Laboratório de Simulídeos, Oncocercose e Infecções Simpátricas: Mansonelose e Malária.

Para o diretor do IOC, Wilson Savino, as mudanças são resultado de um importante exercício de planejamento estratégico para as diversas atividades realizadas pelo Instituto. “Gostaria de agradecer a todos os membros da Comissão de Avaliação, da Diretoria e da Plataforma de Apoio à Pesquisa e Inovação que trabalharam de forma conjunta para que esse processo resultasse em um cenário atualizado do conjunto dos Laboratórios de Pesquisa do Instituto”, destacou.

A Comissão Avaliadora, formada por especialistas de diversas instituições de pesquisa brasileiras, teve como objetivo avaliar critérios específicos das propostas de credenciamento. Erney Camargo, professor sênior da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Comissão, explicou que cada membro do grupo ficou responsável pela análise de oito propostas, aproximadamente. “Este tipo de avaliação tem o propósito de orientar as atividades desenvolvidas pela instituição. Não existiu, em momento algum, um espírito ‘policial’ da Comissão. Pelo contrário, a ideia sempre foi avaliar os Laboratórios, analisar como a instituição está evoluindo e sugerir algumas correções de rumo quando necessárias”, comentou Camargo.

Entomologia Médica e Forense entra em cena

O Laboratório de Entomologia Médica e Forense atuará em estudos multidisciplinares relacionados à bioecologia, morfologia, taxonomia integrada de dípteros muscoides e triatomíneos. “A ideia de transformar o setor de Entomologia Médica e Forense que atuava dentro do Laboratório de Transmissores de Leishmanioses em uma estrutura independente veio da certeza de que tínhamos produção científica suficiente e de que trabalhávamos com uma temática completamente diferente de todos os Laboratórios de Pesquisa da Fiocruz”, explicou a chefe do novo laboratório, Margareth Queiroz. A equipe se dedicará, ainda, à análise de microbiota transportada por moscas sinantrópicas e na geração de subsídios para o controle alternativo de dípteros de interesse médico e vetores da doença de Chagas.

Dentre as primeiras atividades a serem desenvolvidas, está a participação em uma cooperação internacional para o controle de vetores da doença de Chagas e de algumas espécies de moscas.

Uma pesquisa que acaba de ser aceita por uma revista científica também foi destacado pela pesquisadora. “Neste projeto, estudamos a Agelaia, uma espécie de vespa que tira pedaços de corpos em decomposição e leva para o ninho. Este é um inseto importante para a taxonomia forense, pois, quando se alimenta, libera um ácido no tecido do cadáver, deixando-o com aspecto de queimado. Se o biólogo perito não estiver atento à existência desta vespa no local do crime, poderá comprometer toda a investigação”, destacou.

A Protozoologia como foco

O Laboratório de Estudos Integrados em Protozoologia tem como missão realizar pesquisa básica e aplicada em protozoários patogênicos e ambientais, em especial em temas como doença de Chagas e leishmanioses. A prospecção e preservação da biodiversidade e a contribuição para o conhecimento em taxonomia e filogenia estão entre os objetivos planejados. “Nós tínhamos uma linha de atuação muito independente dentro do Laboratório que atuávamos, e isso fez com que buscássemos alçar novos vôos. Estamos satisfeitos com o credenciamento e cientes de que teremos muito trabalho pela frente”, declarou a pesquisadora Claudia Masini D'avila Levy, chefe do novo laboratório.

“Nossa expectativa é gerar conhecimento de fronteira na área de taxonomia, filogenia, evolução e bioquímica de protistas, e formar recursos humanos qualificados para as atividades de ensino e pesquisa. Dentro desta temática, nosso grupo apresentou um artigo discutindo os critérios para re(descrição) de espécies de tripanossomatídeos, que foi aceito para publicação na Trends in Parasitology, uma das revistas de maior prestígio na parasitologia, e que contou com a colaboração de pesquisadores do Brasil, França, USA e República Tcheca”, destacou.

Unir para somar

Segundo a pesquisadora Tereza Favre, a ideia de unir o Laboratório de Ecoepidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses, que chefiou, ao Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde, teve início durante a realização de um projeto em conjunto, no qual o componente ‘Educação’ assumiu um papel relevante no alcance dos objetivos propostos: aumentar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento para controlar a endemia. “Atuamos no trabalho de campo com esquistossomose e geohelmintoses, avaliando estratégias de controle ou prevenção. De uns anos para cá, começamos a desenvolver ações com escolares, o que nos fez perceber que a inserção do elemento ‘educação’, como uma ferramenta para alcançar os objetivos, é fundamental. E a partir desta percepção surgiu a ideia de fusão”, explicou.

Para a chefe do Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde, a pesquisadora Lucia Rotenberg, a fusão veio para somar competências. “A incorporação deste grupo ao nosso Laboratório amplia o compromisso com a geração de conhecimentos e estratégias voltadas para a superação das desigualdades sociais”, festejou a pesquisadora, ressaltando que o Laboratório de Educação em Ambiente e Saúde se originou de um conjunto de pesquisas que sempre teve em comum o elemento ‘Educação’, aplicado a várias doenças. “O movimento de incorporação ao grupo é muito bem-vindo”, comentou.

Kadu Cayres
01/07/2015
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