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Biodiversidade na imprensa

Com a presença de jornalistas, mesa-redonda abordou os reflexos na compreensão da biodiversidade a partir da divulgação científica na mídia

O conceito de biodiversidade pode ser compreendido de diversas formas de acordo com a veiculação do tema pela mídia. Para discutir os impactos das diferentes abordagens do assunto pelos veículos de comunicação, a mesa redonda ‘Biodiversidade, informação e mídia’ reuniu o jornalista e produtor audiovisual do IOC, Wagner Oliveira, e o coordenador do projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino Filho em um debate mediado pelo superintendente do Canal Saúde da Fiocruz, Arlindo Fábio Gómez de Sousa, realizada no dia 25 de novembro.

Lucas Rocha

Na mesa-redonda, os jornalistas discutiram a relação entre a divulgação científica na mídia e a compreensão da biodiversidade pelos indivíduos


Relacionamento com a imprensa, gerenciamento de crises e divulgação científica. Estas foram algumas das ações desenvolvidas por Wagner Oliveira, durante o período em que esteve à frente da Coordenadoria de Comunicação Social da Fiocruz (CCS), ao longo de oito anos. O jornalista, que estuda a relação entre ciência, sociedade e o papel da imprensa, fez um balanço da divulgação científica na atualidade. Wagner classifica a cobertura do tema pela imprensa como insuficiente em comparação com a sua relevância para a sociedade. “A falta de contextualização é um dos problemas, reportagens pontuais deixam de abordar o início de um estudo ou os desdobramentos de uma pesquisa, por exemplo. Ainda que existam limitações de tempo e espaço, é imprescindível que a comunidade científica seja ouvida para ampliar a qualidade do material que circula na mídia”, explicou o jornalista. “Os resultados de alterações na biodiversidade podem atingir populações em todo o mundo. Um desses efeitos é o desequilíbrio do ambiente que causa grandes impactos para a saúde pública, como a emergência de novas doenças”, enfatizou.

Promover e apoiar processos de desenvolvimento comunitário e sustentável: esta é a ideia principal do Projeto Saúde e Alegria, apresentado por Caetano Scannavino Filho. Criada em 1987, a iniciativa sem fins lucrativos utiliza ferramentas de comunicação como forma de integrar comunidades da região amazônica do estado do Pará. “Os moradores são capacitados e passam a produzir materiais informativos – em áudio, vídeo e impressos, sobre temas variados como saúde, educação e juventude. Dar voz às populações que vivem na região Amazônica é algo fundamental”, explicou o coordenador da iniciativa. Segundo Caetano, o projeto estimula o aprimoramento de políticas públicas, a promoção da cidadania e a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas. “O imaginário perpetua a ideia de uma floresta gigante e vazia, mas não podemos esquecer que lá habitam brasileiros com direito à saúde, educação e acesso à informação e à comunicação”, ressaltou.

Lucas Rocha
01/12/2015
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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