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Parceria contra o mosquito Aedes aegypti

Com a participação do IOC, encontro promovido no Quiosque da TV Globo, em Copacabana, destacou aspectos da prevenção contra o mosquito e esclareceu dúvidas sobre o inseto e o vírus Zika

A informação ainda é uma das principais estratégias no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Para esclarecer as dúvidas da população, a pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Denise Valle, e o subsecretário em Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ), Alexandre Chieppe, participaram do evento ‘Mar de Culturas’, promovido pela Globo Rio, no dia 28 de janeiro, no Quiosque da TV Globo, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. O debate que discutiu temas de importância para a saúde pública foi mediado pelo jornalista Flávio Fachel.

Divulgação/TV Globo

A prevenção foi apontada como a principal estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti pelos especialistas


Denise é a idealizadora da campanha ‘10 Minutos Contra a Dengue’, lançada pelo IOC em 2011 para incentivar a prevenção da doença e que inspirou a atual campanha ‘10 minutos salvam vidas’ da SES/RJ. Segundo a pesquisadora, conhecer os hábitos do mosquito é fundamental para a implantação de estratégias de combate. “A medida mais eficaz contra o Aedes aegypti é a prevenção, por isso, é importante evitar que o mosquito nasça, interrompendo o seu ciclo de vida, que leva de sete a dez dias. Não existe uma solução mágica, portanto, cada um precisa ficar atento aos potenciais criadouros do mosquito em suas casas”, destacou Denise. Além de lembrar os principais focos, como calhas, bandejas de geladeiras, garrafas e vasos de plantas, a pesquisadora chamou a atenção para a verificação das áreas comuns. “Existem lugares exteriores às residências que, muitas vezes, as pessoas não dão atenção, como as bandejas de ar condicionado, o fosso do elevador, e até mesmo as lajes que ficam no topo dos condomínios que, se apresentarem algum tipo de irregularidade no piso, podem formar possíveis focos de reprodução do mosquito”, lembrou Denise.

Após a confirmação do Ministério da Saúde da relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia no país, surgiram inúmeras dúvidas entre a comunidade científica e a população como um todo. Com atuação na área responsável pelo controle de doenças de interesse de saúde pública da SES, Alexandre Chieppe discutiu uma das maiores preocupações sobre o tema: o nascimento de crianças com microcefalia. “Todo o conhecimento sobre as consequências do vírus Zika para as grávidas ainda está sendo construído – é um campo novo para a pesquisa. Para as gestantes é recomendado o uso de repelentes, calça e roupas de manga longa, mas não podemos esquecer da prevenção geral que inclui o uso de telas nas janelas, a vistoria de galões, caixas d’água e de piscinas e de objetos localizados no exterior das casas que possam acumular água”, explicou.

Esclarecimentos

O debate contou com intensa participação da plateia: os possíveis criadouros, o ciclo de vida do mosquito, a eliminação dos ovos e das larvas e os efeitos do vírus Zika sobre as gestantes foram as principais perguntas apontadas. Denise explicou que uma vistoria por semana é suficiente para impedir que o mosquito chegue à fase adulta. “Os ovos são pequenos pontinhos pretos que ficam fixados nos recipientes, para destruí-los, devemos esfregar os recipientes com uma esponja. As larvas devem ser despejadas em local seco, seja no cimento ou na terra, onde não haja possibilidade de contato com água, jamais jogar na pia ou no vaso sanitário, isso é apenas uma mudança de criadouro”, salientou a pesquisadora.

Reportagem: Lucas Rocha
29/01/2016
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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