Um histórico de dedicação integral
IOC se despede do técnico Evaldo Soares da Silva, que por 65 anos prestou intensas contribuições à Fiocruz
Uma segunda casa. Era assim que Evaldo Soares da Silva considerava o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), ao qual dedicou mais de 65 de sua vida. Técnico do Laboratório de Enterobactérias há mais de 30 anos, Evaldo faleceu no último domingo, dia 22/05.
A ficha funcional mostra as atividades na década de 1950 |
Sua trajetória no IOC começou em 1951. De lá pra cá, desempenhou diversas atividades: atuou no Biotério Central, ofereceu suporte às atividades de ensino e forneceu apoio integral a pesquisas na área de esquistossomose e bacteriologia. No Instituto, além de colecionar experiências e amigos, exerceu com maestria a função de responsável pelo Departamento de Ensino e Documentação, onde preparava os laboratórios para aulas práticas, gravava aulas teóricas e oferecia suporte a alunos e professores.
O técnico também se dedicou aos meios de cultura de bactérias, parte fundamental para o desenvolvimento de estudos com estes micro-organismos. Por mais de 30 anos, se empenhou no cuidado de bactérias, atendendo a diferentes laboratórios. “Para que uma bactéria cresça, é preciso dar condições para que ela passe pelo processo de metabolismo – isso é a base das pesquisas de diversos laboratórios. O trabalho desempenhado por Evaldo era de uma qualidade ímpar”, destacou Dália dos Prazeres Rodrigues, chefe do Laboratório de Enterobactérias do IOC, que trabalhou com Evaldo durante 36 anos.
Gutemberg Brito |
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Por mais de 65 anos, Evaldo contribuiu para o desenvolvimento de pesquisas e atividades de ensino na Fiocruz |
Conhecido por sua dedicação integral ao trabalho, encontrar Evaldo nas dependências da Fiocruz aos finais de semana não era algo incomum. “Graças a Deus, me sinto muito querido no Instituto e considero que o IOC é a minha segunda casa. Quando saio, na sexta-feira, espero chegar logo segunda-feira para voltar a trabalhar. Aqui eu tenho amigos e todos me tratam bem. Nunca tive a intenção de sair. Eu gosto mesmo daqui, gosto muito de trabalhar e tenho muita coisa para fazer”, contou, sem esconder o apreço pelo que fazia, durante entrevista concedida em 2010, durante os 110 anos do IOC. [Clique
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Vítima de um trágico acidente, Evaldo deixou um filho.
25/05/2016
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação/Instituto Oswaldo Cruz)
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