Por dentro dos Programas de Pós do IOC
Estrutura, financiamento e publicação de artigos foram os destaques das discussões do terceiro dia da Semana de Pós-graduação do IOC que reuniu alunos, docentes e coordenadores dos Programas
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O terceiro dia de atividades da Semana da Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi dedicado aos debates sobre o atual panorama e desafios do Ensino no Instituto. Com a participação de discentes, docentes, pesquisadores e coordenadores dos seis Programas do IOC, a mesa redonda ‘Avanços na Pós-graduação’, realizada na quarta-feira (23/11), discutiu a atuação das Comissões de Pós-graduação (CGPs), a alocação de recursos e o estímulo à publicação de artigos por discentes. “O encontro permitiu uma integração, seja pelo estímulo à realização de disciplinas externas, por meio de incentivo a discussões sobre temas transversais ou por meio da formulação de regimentos comuns”, destacou Wilson Savino, diretor do IOC. “O momento chama a atenção para a corresponsabilidade de alunos e coordenadores na construção dos programas de Pós. Foram abordadas questões pertinentes que podem trazer melhorias para o Ensino e para o Instituto como um todo”, complementou Elisa Cupolillo, vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto.Os recursos financeiros destinados aos Programas foi um dos temas abordados. Desenvolvimento de atividades educacionais internas e externas, bolsas de estudo, compra de equipamentos, viagens para trabalhos de campo, bancas de defesa e a participação de alunos em eventos nacionais e internacionais são alguns dos inúmeros investimentos realizados pelo IOC. “Cerca de 80% dos recursos são destinados a atividades que beneficiam diretamente a formação dos estudantes”, pontuou Rafael Freitas, coordenador do Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária. Cabe ressaltar que a edição 2016 da Semana é um exemplo de financiamento realizado pelos seis programas de pós-graduação do IOC.
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Gutemberg Brito |
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A integração entre os Programas de Pós-graduação do IOC foi um dos destaques da discussão que contou com a participação de alunos, docentes e coordenadores dos seis Programas de Pós-graduação |
Investimentos
No encontro, os coordenadores ressaltaram ainda a importância de diferentes fontes para o investimento no Ensino, como o apoio institucional no financiamento da publicação de artigos para a divulgação de resultados de pesquisas. As contribuições do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP), iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e de agências de fomento, como a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), também foram destacadas.
Comissão de Pós-graduação
Formadas pelos coordenadores, docentes e representantes discentes, as Comissões de Pós-graduação (CGPs) definem, de forma articulada, o funcionamento dos Programas. Organização de processos seletivos, credenciamento de docentes e planejamento financeiro são algumas das atribuições do grupo. “As decisões das Comissões são sempre fruto de uma construção coletiva, não apenas da coordenação. As reuniões são estratégicas para a discussão de diversas questões que norteiam os Programas, incluindo o desenvolvimento de projetos e a avaliação das demandas dos estudantes que chegam por meio dos representantes discentes”, explicou Ernesto Caffarena, coordenador do Programa de Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas.
Publicações científicas
Um dos desafios na vida acadêmica, a publicação de artigos científicos em periódicos de referência contribui para a divulgação de pesquisas. “A busca por periódicos deve levar em consideração o potencial de alcance da publicação sobre os pares que estão interessados em determinado tema. A publicação mais importante é aquela produzida pelo aluno em parceria com o docente – aquele em que o discente é o primeiro autor e o orientador o último”, ressaltou Leila Mendonça, coordenadora do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular. Rafael Freitas ressaltou os benefícios do processo para a formação dos alunos. “Independentemente do fator de impacto de uma revista, o processo de publicação é importante para que o estudante conclua a pós-graduação com conhecimentos práticos para a produção de um paper científico de qualidade”, afirmou.
A discussão aberta ao público permitiu o esclarecimento de dúvidas e sugestão de propostas de aperfeiçoamentos. “Conheci as abordagens, semelhanças e diferenças entre as Pós-graduações do IOC, e tive a oportunidade de entender como essas particularidades são de cunho benéfico para a área do Ensino”, ressaltou Samuel Horita, estudante de mestrado do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC.
Atualmente, a Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz oferece as modalidades doutorado e mestrado acadêmicos e mestrado profissional em seis grandes programas: Biologia Celular e Molecular, Biologia Parasitária, Medicina Tropical, Ensino em Biociências e Saúde, Biologia Computacional e Sistemas e Biodiversidade e Saúde. Recentemente, a Capes aprovou mais uma iniciativa de Ensino do IOC, o curso de Mestrado Profissional Stricto sensu em Controle e Vigilância de Vetores de Doenças, que busca ampliar a capacitação em saúde na área. A primeira turma está prevista para o segundo semestre de 2017.
Diretoria, coordenadores e discentes em mesa-redonda
A mesa-redonda ‘Estrutura e ensino do IOC’ encerrou as atividades do terceiro dia de evento. Na ocasião, coordenadores dos Programas de Pós-graduação, a Diretoria do Instituto e os discentes puderam debater questões levantadas pelos próprios alunos durante a realização das mesas de discussão.
Outra importante realização foi a apresentação da pesquisadora do Laboratório de Inflamação e coordenadora da Câmara Técnica de Ensino do IOC, Patricia Silva, sobre os resultados das principais iniciativas comandadas pela Câmara. A reestruturação da grade curricular do Curso Técnico em Biotecnologia; o reconhecimento institucional do Programa de Estágio de Docência, atividade voltada para a formação dos pós-graduandos no quesito docência; e o Programa IOC+Escolas, proposta iniciada 2015 com o objetivo de ampliar as ações de divulgação científica junto a escolas públicas do ensino fundamental e médio, compuseram a lista de conquistas citadas pela coordenadora. “Para conseguirmos consolidar estas ações, uma longa trajetória de reuniões, encontros, parcerias foi necessária. Por isso, para que possamos dar continuidade é preciso que vocês avaliem, participem. Somente assim será possível o aprimoramento contínuo”, enfatizou.
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Elisa Cupolillo salientou que diversas iniciativas implementadas durante sua gestão partiram do Fórum Discente |
A vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Elisa Cupolillo, iniciou as discussões reforçando a colocação da coordenadora: “O feedback de vocês contribui bastante para a resolução das questões levantadas nesta e em outras edições do Fórum Discente”. A vice-diretora também salientou que diversas iniciativas implementadas durante sua gestão partiram do Fórum.
A criação de tutoriais voltados para projetos que necessitam de análises estatísticas, a participação mais intensa dos estudantes nas reuniões oferecidas semanalmente pelo Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz), com o intuito de discutir os projetos que precisam destas análises, e os problemas envolvendo o transporte de amostras, estiveram entre os pontos que serão incorporados à carta de relatoria do 8ª Fórum de Integração dos Alunos de Pós-graduação do Instituto, conforme destacou Geovane Lopes, representante discente.
Reportagem: Lucas Rocha e Kadu CayresEdição: Cristiane Albuquerque e Vinicius Ferreira
24/11/2016
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