Mais de 80 alunos de graduação, de diversos estados, participaram das atividades realizadas entre os dias 16 e 25 de julho, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro
Nestas férias de julho, os Laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro, foram o ponto de encontro de estudantes de graduação de todas as regiões do Brasil. A 21ª edição dos Cursos de Férias do IOC, realizada entre os dias 16 e 25 de julho, na sede da Fiocruz, reuniu 85 participantes, incluindo jovens do Distrito Federal e de estados como Paraíba, Amazonas, Rio Grande do Sul e São Paulo. “Os Cursos de Férias oferecem uma grande oportunidade para que alunos de graduação conheçam o Instituto e nossas linhas de pesquisa. Um dos nossos diferenciais é termos cursos com temas mais aplicados e relevantes para a área de pesquisa em saúde no Brasil. O envolvimento dos pesquisadores, tecnologistas e alunos de pós-graduação na elaboração e execução dos cursos é muito importante, pois gera cursos de nível elevado em diversas áreas”, destacou a coordenadora da iniciativa Tatiana Maron-Gutierrez, pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC.
Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz |
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Iniciativa apresenta metodologias utilizadas na pesquisa básica, conceitos e contextos relativos a diferentes assuntos de importância para a saúde pública |
Por dentro dos cursos
A resistência bacteriana aos antibióticos, uma das maiores ameaças à saúde global, foi tema de uma das atividades. O surgimento de microrganismos resistentes à maioria dos fármacos disponíveis para tratamento é um fenômeno associado a múltiplos fatores, incluindo o uso indiscriminado de medicamentos e modificações na estrutura de bactérias que podem ocorrer de forma aleatória ou pela aquisição de material genético de vírus, outras bactérias e do ambiente. Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a estudante de medicina Ticiane Costa Farias, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), na Paraíba, participou do curso sobre bacteriologia. “A minha faculdade fica no interior da Paraíba, uma região carente de recursos. A própria criação da graduação teve como objetivo estimular a interiorização da medicina. Durante o curso na Fiocruz, tive a oportunidade de ampliar conhecimentos, trocar experiências com pesquisadores, além de aprender novas técnicas na área”, destacou Ticiane, que pretende seguir carreira acadêmica na área de infectologia. As discussões sobre o assunto também chamaram a atenção da aluna de enfermagem Brígida Rodrigues de Souza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “Para desempenhar o manejo clínico de pacientes da forma mais eficiente e segura possível é importante conhecer a microbiologia e a fisiologia das bactérias, e aspectos como a multirresistência e a terapêutica, que foram apresentados nas atividades”, ressaltou.
O diagnóstico molecular é uma estratégia fundamental para vigilância da circulação de vírus, como o sarampo, influenza e da febre amarela. Além de contribuir para a rotina de monitoramento, a confirmação laboratorial dos casos orienta o tratamento de doenças e contribui para a adoção de medidas de controle, como a vacinação, por exemplo. Em busca de aprimoramento, o estudante de Ciências Biológicas da UFRJ, Gustavo da Silva Loureiro, participou do curso voltado para o diagnóstico molecular de doenças, que abordou métodos como PCR e PCR em tempo real, sequenciamento de Sanger e de nova geração. “Pretendo atuar na área de genética e biologia molecular, com foco no reparo de DNA e na análise de doenças como o câncer. O conhecimento das técnicas de diagnóstico molecular é cada vez mais exigido no mercado de trabalho”, pontuou.
Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz |
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Em Laboratório, as atividades práticas complementam o conteúdo teórico ensinado em sala de aula |
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