Pesquisa publicada na revista 'Memórias' mostra que, em apenas uma rua, 45 pessoas foram infectadas. Periódico também apresenta dados sobre a eficácia da vacina tríplice viral produzida por Bio-Manguinhos
Um estudo publicado na revista ‘Memórias do Instituto Oswaldo Cruz’ detalha a ocorrência de um surto de chikungunya com 50 casos em um bairro de Salvador, na Bahia, sendo 45 em uma única rua. Liderada pelo Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz-Bahia), a pesquisa foi realizada no bairro de Coutos, localizado no subúrbio ferroviário, em uma área de construções informais, sem abastecimento de água e com esgoto a céu aberto. Após a identificação de casos suspeitos em maio de 2017, os pesquisadores visitaram todas as 230 casas da localidade. Entre 50 casos suspeitos identificados, 35 foram confirmados por testes laboratoriais, incluindo duas ocorrências de co-infecção com chikungunya e dengue. Um caso isolado de dengue também foi diagnosticado. A decodificação do genoma do vírus chikungunya em sete amostras confirmou a presença de sequências genéticas idênticas e apontou semelhança de 99% com microrganismos detectados na Bahia em 2014 e 2015, sugerindo a continuidade da transmissão viral no estado. Analisando a distribuição espacial e temporal dos casos, os pesquisadores verificaram a rápida disseminação da doença “de casa a casa” entre abril e junho. Para os autores, as más condições socioeconômicas no bairro, com serviços de abastecimento de água e coleta de lixo irregulares e acúmulo de recipientes que servem de criadouro para as larvas do Aedes, podem ter facilitado o surto. “Após 2,5 anos da primeira detecção no Brasil e da disseminação do vírus em todo o país, descobrimos que o chikungunya mantém seu potencial para causar surtos altamente localizados”, dizem os cientistas no artigo. Clique aqui e confira o artigo na íntegra. Fabricação nacionalInstituto Oswaldo Cruz /IOC /FIOCRUZ - Av. Brasil, 4365 - Tel: (21) 2598-4220
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