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Pesquisas de alto impacto

Cientistas do IOC estão entre os mais influentes do mundo considerando citações em publicações científicas. Pós-doutoranda é destaque com artigos sobre Covid-19

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estão entre os mais influentes do planeta. É o que evidenciam dois levantamentos recentes: um liderado pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e outro realizado pela Agência de Gestão da Informação Acadêmica da Universidade de São Paulo (Aguia/USP).

O trabalho conduzido pela instituição norte-americana apresenta rankings que mostram tanto o impacto da produção ao longo das carreiras dos cientistas, no período de 1960 a 2019, quanto especificamente no ano de 2019. As listas apontam os expoentes que estão entre os cem mil com maior impacto de citações entre todos os campos de pesquisa e os 2% com maior impacto em cada disciplina. No primeiro ranking, há cerca de 600 brasileiros. Dentre estes, 31 atuam na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sendo dez pesquisadores do IOC. No segundo, o número de brasileiros passa de 850, incluindo 29 especialistas da Fiocruz, entre os quais também estão dez do Instituto.

Publicado na revista científica internacional ‘Plos Biology’, o artigo avalia o impacto da produção científica a partir das citações, ou seja, do número de vezes em que os estudos são referenciados em outras publicações. Utilizando a base de dados Scopus e combinando múltiplos indicadores, o trabalho produz um índice de impacto das citações padronizado entre diferentes campos de pesquisa. Além dos cem mil cientistas mais influentes entre todas as áreas de pesquisa, cada ranking inclui os 2% mais influentes por disciplina, com objetivo de contemplar áreas em que a natureza da pesquisa científica leva à menor frequência de citações.

A lista de pesquisadores com maior impacto de citações ao longo da carreira, no período de 1960 a 2019, traz os nomes dos seguintes cientistas do IOC: José Rodrigues Coura, pesquisador emérito da Fiocruz e chefe do Laboratório de Doenças Parasitárias; Wilson Savino, fundador do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo, diretor do IOC de 2013 a 2017, e atualmente coordenador de Estratégias de Integração Regional e Nacional da Fiocruz; Solange Lisboa de Castro, pesquisadora aposentada e hoje colaboradora do Laboratório de Biologia Celular; Ricardo Lourenço de Oliveira, ex-chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários; Hooman Momen, ex-chefe do Laboratório de Bioquímica Sistemática e do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, além de vice-diretor de Pesquisa, entre 1993 e 1995; Constança Britto, chefe do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas; Euzenir Nunes Sarno, pesquisadora emérita da Fiocruz, ex-chefe do Laboratório de Hanseníase e uma das fundadoras do Ambulatório Souza Araújo; além de Hermann Schatzmayr, falecido em 2010, presidente da Fiocruz entre 1990 e 1992 e que por 26 anos atuou como chefe do Departamento de Virologia do IOC; Wladimir Lobato Paraense, pesquisador emérito da Fiocruz, falecido em 2012 após mais de sete décadas de atuação no Instituto; e Alexandre Peixoto, ex-chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos, falecido precocemente em 2013.

No ranking de cientistas com maior impacto de citações em 2019 estão: Nildimar Alves Honório, pesquisadora do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários; Ana Jansen, chefe do Laboratório de Biologia de Tripanosomatídeos; Rubem Menna Barreto, pesquisador do Laboratório de Biologia Celular; Rita Nogueira, ex-chefe e atualmente colaboradora do Laboratório de Flavivírus; e Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus. Também integram a lista Constança Britto, José Rodrigues Coura, Solange Lisboa de Castro, Ricardo Lourenço de Oliveira e Wilson Savino, que aparecem em ambos os rankings.

Entre os cientistas mais influentes foram destacados ainda os pesquisadores Gabriel Grimaldi e Carlos Morel, que tiveram trajetórias importantes na história do IOC. Pesquisador emérito da Fiocruz, ex-chefe do Laboratório de Pesquisa em Leishmaniose do IOC e posteriormente pesquisador do Instituto Gonçalo Moniz (Fiocruz-Bahia), Grimaldi é citado em ambos os rankings. Já Morel, criador do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do IOC, diretor do Instituto de 1985 a 1989, presidente da Fiocruz de 1993 a 1997, e hoje diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), integra a lista de cientistas com maior impacto de citações ao longo da carreira.

Estudos sobre Covid-19
Levantamento realizado pela Agência de Gestão da Informação Acadêmica da Universidade de São Paulo (Aguia/USP) evidencia, novamente, o alto impacto de pesquisadores do Instituto. A pós-doutoranda Marta Giovanetti é apontada como a pesquisadora residente no Brasil com maior número de publicações e de citações em Covid-19.

A partir de dados registrados na plataforma Dimensions, que reúne informações sobre diferentes tipos de publicações científicas, incluindo artigos, pré-prints, livros e monografias, o levantamento indica que a pesquisadora publicou 26 artigos sobre o tema até 17 de outubro, recebendo 633 citações.

Desde 2018, Marta atua no Laboratório de Flavivírus do IOC, sob supervisão do pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcântara e da chefe do Laboratório, Ana Maria Bispo de Filippis. Entre os artigos publicados pela pesquisadora estão, por exemplo, uma análise do genoma dos vírus circulantes em Minas Gerais e um estudo que apontou o momento de início da circulação do novo coronavírus a partir da análise de sequências genéticas publicadas.

Em segundo lugar, tanto em publicações quanto em citações, o levantamento apresenta o pesquisador Júlio Croda, da unidade da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, com 20 publicações e 475 menções.

Reportagem: Maíra Menezes
Edição: Vinicius Ferreira
17/11/2020
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