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Aquecimento global é tema de palestra de abertura da Jornada de Iniciação Científica do IOC

Na última segunda-feira, 5 de maio, foi realizada a cerimônia de abertura da Jornada de Iniciação Científica do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). O Aquecimento Global, tema central do evento – que apresentará, até dia 8, 160 trabalhos de estudantes que desenvolvem projetos em laboratórios do IOC – , foi o assunto abordado pelo palestrante convidado, o economista Sérgio Besserman, Presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos.

 Gutemberg Brito

 

 A abertura do evento lotou o auditório do Pavilhão Arthur Neiva

Na mesa de abertura, Ricardo Lourenço, Vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, enfatizou a importância do evento. “A Jornada é uma oportunidade valiosa para discutir projetos e interagir”, avaliou. O Vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz, José da Rocha Carvalheiro lembrou o valor da iniciativa para o futuro. “Depositamos neste esforço toda expectativa para dar continuidade à evolução da instituição”, disparou. A Coordenadora do Programa Institucional de Bolsas (PIBIC) da Fiocruz, Maria José Serpa, expôs alguns números que refletem a abrangência das ações de iniciação científica. “Hoje são cerca de 300 alunos só do PIBIC na Fiocruz e o IOC representa quase metade dessas bolsas. Diferente de outros programas, recebemos estudantes de todas as universidades do Rio de Janeiro, públicas e privadas”, afirmou Maria José.

Gutemberg Brito

 

 A importância da iniciativa e a abragência das ações de iniciação científica na Fiocruz foram lembradas na mesa de abertura

Aquecimento global: agenda do século XXI

“O século XXI iniciou-se no dia 2 de fevereiro de 2007”. A frase abriu a palestra do Presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos, Sérgio Besserman. O economista, professor da PUC-RJ e conselheiro da WWF Brasil (organização não-governamental brasileira que integra a maior rede mundial de conservação da natureza), referiu-se à divulgação do relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que traz previsões da ciência e pontua as conseqüências políticas, econômicas e sociais do aquecimento global para o planeta.

“Nesta data, pela primeira vez, o mundo todo parou para conhecer os dados do relatório que coloca a política global como instrumento fundamental para que o planeta não enfrente as grandes conseqüências do aquecimento global”, avaliou Besserman. “Esta certamente será a agenda do século XXI. A humanidade está diante de um grande desafio: o que for decidido daqui para frente, fará diferença no futuro”, concluiu.

 Gutemberg Brito

 

 O economista Sérgio Besserman é conselheiro da WWF Brasil

Segundo Besserman, a preocupação com as questões que envolvem a relação do homem com o universo surgiu no início do século XX, com o químico americano Charles Keeling, primeiro pesquisador a detectar o efeito estufa ainda em 1957. “Hoje, de acordo com as previsões mais otimistas do IPCC, teremos um aumento de 3ºC na temperatura da Terra nos próximos 100 anos, ocasionado pela emissão de gases como o gás carbônico, que permanece com efeitos de estufa por 100 anos na atmosfera”, complementa.

A expansão de áreas desertificadas, a perda de florestas e da produtividade agrícola, o derretimento de geleiras, os fortes impactos na saúde humana, o agravamento da crise de biodiversidade e da crise de recursos hídricos, os eventos climáticos extremos e o aumento do nível do mar são algumas das conseqüências do aquecimento global apontadas pelo relatório do IPCC. Segundo dados do documento, o Brasil está em quarto lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa, sendo que a maior contribuição fica por conta dos desmatamentos, respondendo por cerca de 80% das emissões.

Para Besserman, consumo consciente e eficiência energética são soluções para amenizar o problema. “O aquecimento Global é uma realidade inequívoca. Mais de 90% da emissão de gases de efeito estufa decorre de ações humanas. Descobrimos, no século XXI, a existência de custos ambientais que, enquanto não forem computados, continuarão agravando o problema”, finalizou o economista.

Renata Fontoura
06/05/08

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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