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Visita de comitiva de Portugal à Fiocruz reforça parceria histórica

Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde é um dos projetos que estreitam a cooperação binacional em saúde

Liderados pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde de Portugal, António Lacerda Sales, representantes do governo português visitaram a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no dia 14 de outubro, reforçando a parceria histórica entre a Fiocruz e instituições portuguesas na área da saúde. Entre outras autoridades, a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e o embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, integraram a comitiva.

O evento ressaltou a importância da cooperação para superar desafios do presente e do futuro, como a pandemia de Covid-19 e as mudanças climáticas. Também destacou inciativas recentes que estreitam a colaboração binacional. Entre elas, a criação da Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS), estabelecida através de acordo entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Universidade de Aveiro.

Peter Ilicciev

Tania Araujo Jorge ressaltou caráter inovador da PICTIS


A comitiva foi recebida pela presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, por vice-presidentes e diretores de Unidades da Fundação, entre outros, no Salão Internacional da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz). A diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo Jorge, participou da cerimônia, que seguiu protocolos relacionados à Covid-19, incluindo distanciamento, uso de máscaras e ventilação do ambiente.

A proximidade histórica entre a Fiocruz e instituições portuguesas foi apontada por Nísia. A presidente lembrou que o Instituto Soroterápico Federal, que deu origem à Fundação Oswaldo Cruz, foi criado em 1900. Em Portugal, apenas um ano antes, surgia o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e, em 1902, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT). A cooperação estabelecida com estas instituições somou-se, ao longo dos anos, a parcerias com universidades portuguesas e, já no século XXI, a projetos no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Entre as colaborações atuais, estão os projetos da PCTIS, da Universidade Cooperativa Internacional Luci, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia e do Laboratório Colaborativo Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Diagnósticos e Sistemas para Aplicação Médica. Tendo em vista a relevância das iniciativas, a presidente anunciou que foi formado um grupo de trabalho sobre a cooperação com Portugal e serão realizados seminários bienais sobre o tema.

“São colaborações que vêm desde a origem da Fiocruz, inicialmente voltadas para doenças infecciosas e depois, alargando-se para toda a abrangência da situação de saúde em nossos países e para o componente de desenvolvimento tecnológico e inovação”, disse Nísia.

O caráter inovador da PICTIS, que visa a criação de um centro internacional de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde no Parque de Ciência e Inovação de Aveiro (PCI Creative Science Park), em Portugal, foi destacado pela diretora do IOC. Desde maio, a Plataforma conta com um escritório instalado no local e em setembro, um seminário internacional, promovido pelo IOC, apresentou os laboratórios setoriais que compõem a iniciativa.

“Com essa Plataforma, a cooperação pula para outra etapa. Quero que essa cooperação avance na ciência e tecnologia em saúde e que consigamos rechear a carteira da PICTIS com o que podemos fazer de melhor nos nossos países”, afirmou Tania. “O IOC é a unidade mais antiga da Fiocruz, mas está em renovação permanente na ciência”, acrescentou, agradecendo ao ex-diretor do Instituto, José Paulo Gagliardi Leite, pelo empenho para a realização do projeto.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde de Portugal enfatizou a relevância da cooperação com a Fiocruz, notando que, pela primeira vez, representantes da Saúde e das Relações Internacionais portugueses fizeram uma visita simultânea a outro país. “Temos que continuar a aprender com Ricardo Jorge e Oswaldo Cruz. Temos enormes desafios e os resolveremos com certeza, com sucesso, todos juntos”, salientou António Lacerda Sales, citando como exemplo a luta do passado contra a peste bubônica e o enfrentamento atual da Covid-19 e das mudanças climáticas.

A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas salientou o potencial da colaboração, considerando a abrangência de atuação da Fiocruz, desde a área de políticas públicas de saúde até o desenvolvimento de tecnologias de ponta. “Esta cooperação é fundamental não só para o combate às desigualdades em cada país, como no mundo, e até para a sobrevivência da espécie humana. A Covid-19 mostrou que quando trabalhamos em cooperação, as coisas funcionam sempre melhor”, declarou Berta Nunes.

Já o embaixador de Portugal no Brasil chamou atenção para o rápido avanço dos projetos de cooperação entre instituições portuguesas e a Fiocruz, apontando que, nos últimos meses, ocorreram assinaturas de protocolos e intercâmbios de pesquisadores. “Isso é possível quando se juntam vontades de um lado e de outro. Acredito muito no potencial de instituirmos um cluster de saúde, para cooperação estruturada entre nossos países”, pontuou Luís Faro Ramos.

Também integraram a comitiva de Portugal: o cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, Luís Gaspar da Silva; a chefe da Coordenação das Relações Internacionais da Direção Geral de Saúde, Ana Carla Correia; a chefe de gabinete da Secretaria de Estado Adjunta e da Saúde, Sandra Cardoso; o chefe de gabinete da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Domingues; a adjunta da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Catarina Paiva; e o deputado da Assembleia da República de Portugal, Paulo Porto.

Além da presidente da Fiocruz e da diretora do IOC, participaram da recepção à comitiva portuguesa, pela Fiocruz: a vice-Presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Machado; o vice-Presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mario Moreira; o diretor da Ensp, Marco Menezes; o diretor do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), Rodrigo Murtinho; o diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), Jorge Mendonça; o diretor do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB), Christoph Milewski; o assessor do gabinete da presidência para relações institucionais, Valber Frutuoso; a assessora da Presidência, Inês Fernandes; a assessora do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz), Ilka Vilardo; a coordenadora da Cooperação Institucional do IOC, Anna Cristina Calçada Carvalho; e o secretário executivo da Rede de Institutos de Saúde Pública (RINSP-CPLP), Felix Rosenberg.

Reportagem: Maíra Menezes
Edição: Vinicius Ferreira
22/10/2021
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