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Colaborações em pesquisas ambientais

A temática foi abordada por representantes de importantes instituições científicas europeias durante o segundo dia de atividades do II Seminário Ambiente e Saúde no IOC

A mesa-redonda ‘Perspectivas de colaboração em pesquisas ambientais’ deu tônica ao segundo dia (9 de junho) de programação do Seminário Ambiente e Saúde no IOC. Com a participação de representantes de importantes instituições científicas europeias, a atividade abordou temas relativos à expertise, identificação de interesses comuns e a possíveis colaborações em ambiente e saúde entre o IOC, o Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal) e o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), ambos na Espanha. As atividades da Plataforma Internacional para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS) também fizeram parte do debate.

A abertura e a mediação da mesa-redonda ficaram a cargo da vice-diretora adjunta de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Instituto, Luciana Garzoni. “É um prazer mediar esse debate, que conta com a presença de colegas de instituições portuguesas e hispânicas que tivemos a oportunidade de conhecer e estabelecer parcerias em pesquisa e ensino durante a missão de cooperação institucional, realizada em abril pela Diretoria do IOC”, comentou a vice-diretora.

Tereza Favre, coordenadora da Câmara Técnica de Ambiente e Saúde (CTAmbS/IOC), deu sequência à programação apresentando um panorama da produção científica em Ambiente e Saúde no Instituto e chamando atenção para os fatores que favorecem a atuação do Instituto no contexto One Health e aos tipos de subsídios que podem contribuir para o estabelecimento de parcerias científicas na área.

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Tereza Favre apresentou um panorama da produção científica em Ambiente e Saúde no Instituto


“Há um consenso de que precisamos formar redes de pesquisa envolvendo laboratórios com abordagens complementares em Ambiente e Saúde, fortalecendo uma efetiva visão One Health. Além disso, podemos contribuir com parcerias em diversas linhas de pesquisa, desenvolvendo o intercâmbio de pesquisadores e estudantes, a captação de recursos, colaboração em disciplinas, organização de eventos, atividades de divulgação e popularização científica, consultorias, entre outras ações”, destacou Favre sobre as contribuições que o IOC pode oferecer para viabilizar parcerias científicas.

Sobre a PICTIS, o coordenador e representante do IOC na Plataforma, José Luís Cordeiro, compartilhou alguns fatos sobre a origem da criação do projeto, que, segundo ele, se encaixa perfeitamente na temática ‘Ambiente e Saúde’.

“A PICTIS surgiu a partir da assinatura de um termo de cooperação, que continha como meta a criação de um laboratório binacional ligado à área de Ecologia e Saúde. Ciente da potencialidade, a reitoria da Universidade de Aveiro (UA) viu tal medida como uma oportunidade de unir as demais parcerias já estabelecidas com a Fiocruz e efetuar um acordo mais robusto, que trouxesse a Fundação para o território português como porta de entrada para a União Europeia”, comentou Cordeiro, salientando que o antigo laboratório binacional se tornou Laboratório de Saúde Única e Saúde Global, um dos seis setoriais que compõem a Plataforma.

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José Luís Cordeiro compartilhou alguns fatos sobre a criação da PICTIS, que, segundo ele, se encaixa perfeitamente na temática ‘Ambiente e Saúde


O coordenador explicou que a PICTIS está estruturada em seis áreas de atuação – Inovação, Saúde Única e Saúde Global, Indústria 4.0, Fármacos e Bioprodutos, Biotech e Saúde Digital – e que, atualmente, 65 instituições científicas de 15 países apoiam a iniciativa.

“Três projetos de pesquisa foram submetidos pela Plataforma em editais da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, órgão de fomento científico de Portugal. Além disso, a PICTIS integra um consórcio de 18 instituições em um projeto submetido ao programa Horizonte Europa, da União Europeia”, adiantou o especialista, em relação às iniciativas desenvolvidas pela Plataforma.

Em seguida, foi a vez dos pesquisadores Mireia Gascon e Xavier Rodó, do ISGlobal, abordarem as ações do instituto hispânico que atua nas áreas de ambiente e saúde – mais precisamente com pesquisas que investigam como o ambiente impacta na saúde –, e de doenças infecciosas – destaque para as atividades de pesquisa, treinamento e assistência à doença de Chagas em áreas endêmicas e não-endêmicas, sobre a premissa de um modelo global de atenção à saúde.

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Mireia Gascon e Xavier Rodó, do ISGlobal, abordaram as ações do instituto hispânico nas áreas de ambiente e saúde


“A missão do ISGlobal é melhorar a saúde global e promover a equidade em saúde por meio da excelência em pesquisa e na aplicação do conhecimento. Sempre com foco na saúde pública, buscamos ser um centro de pesquisa mundial em Saúde Global empenhado em fazer do mundo um lugar no qual todas as pessoas possam desfrutar de saúde”, comentou Gascon.

Já Xavier Rodó, pesquisador responsável pelo Programa de Pesquisa em Clima e Saúde do ISGlobal, discorreu sobre os efeitos que as alterações ambientais associadas às mudanças climáticas podem ter na saúde humana e sobre o desenvolvimento de modelos computacionais preditivos. Em relação aos modelos, chamou atenção para o projeto ‘Previsão da dinâmica epidemiológica da Covid-19 na Catalunha’.

“Este é um modelo que tem a particularidade de incorporar variáveis climáticas no cálculo da taxa de infecção, como a temperatura média diária dos últimos 20 anos. Os resultados mostrados no estudo são obtidos após a execução de mil simulações”, comentou.

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Vasconcelos destacou que o CIIMAR atua nas áreas de mudanças globais e serviços ecossistêmicos; biotecnologia e biologia marinha; e aquicultura e qualidade de frutos do mar


A última apresentação da mesa-redonda ficou por conta do diretor do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Vitor Vasconcelos. Além de destacar a missão e os valores da instituição – que perpassam pela investigação transdisciplinar, o desenvolvimento tecnológico e a formação de recursos humanos, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e a sustentabilidade dos ambientes marinho e costeiro –, Vasconcelos contou que o CIIMAR atua nas áreas de mudanças globais e serviços ecossistêmicos; biotecnologia e biologia marinha; e aquicultura e qualidade de frutos do mar.

“Essas três áreas se subdividem em 11 Grupos de Pesquisa e 32 equipes. Cada grupo contribui com ações e produção científica que podem se enquadrar em uma ou mais linhas de pesquisa. A biologia marinha, por exemplo, possibilita que pesquisadores com áreas de atuação distintas consigam trabalhar juntos”, completou.

Confira a íntegra das atividades do dia 09 de junho:

Reportagem: Kadu Cayres
Edição: Vinicius Ferreira
13/06/2022
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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