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Foi realizado no dia 14, em Manguinhos, o Fiocruz pra Você 2008. Tradicional evento do calendário de vacinação nacional, a iniciativa também funciona como uma enorme feira de ciências, apresentando para a população o trabalho desenvolvido nas diversas unidades da Fundação. O evento contou com a presença do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que vacinou crianças e visitou algumas atividades da feira, entre elas as desenvolvidas pelo Instituto Oswaldo Cruz. Vários artistas também prestigiaram o evento, destacando a importância da vacinação e da aproximação entre a ciência e a sociedade
Gutemberg Brito |
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O Ministro da Saúde José Gomes Temporão visitou as atividades apresentadas pelo IOC e ressaltou a importância da Fiocruz na promoção da saúde pública no Brasil |
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Temporão vacinou crianças e classificou a campanha contra a poliomielite como fundamental para manter a doença erradicada do Brasil |
Brincadeiras e informação para ensinar ciência de forma divertida
Além da vacinação, o evento ofereceu espetáculos de teatro, música e dança e foi oportunidade para crianças e adultos conhecerem um pouco do trabalho científico desenvolvido pela Fiocruz. No total, foram desenvolvidas 70 atividades voltadas para a divulgação da ciência, a prevenção de doenças e a promoção dos cuidados com a saúde e com o meio ambiente, tudo de forma simples e divertida.
O IOC integrou o evento com 15 atividades, que envolveram pintura, desenho, maquetes, jogos educativos, observação em microscópio e distribuição de brindes e folhetos informativos. O objetivo foi promover o aprendizado em saúde, apresentando doenças como hepatite, leishmaniose, febre amarela, leptospirose, esquistossomose e doença de Chagas. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer uma parte das coleções entomológicas do IOC, ver de perto espécimes vivos de barbeiros e até manusear caramujos-africanos, animais que podem ser vetores de doenças para o ser humano.
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Gisele acredita que o evento é uma oportunidade única para a filha, Sellen, complementar sua formação com conhecimentos que não têm na escola ou em casa |
A união de informação, ciência e diversão fez sucesso entre crianças e adultos. A dona de casa Gisele da Conceição, de 26 anos, acredita que o evento é uma oportunidade única para que as crianças tenham contato com certos conhecimentos. “Aqui há informação importante para os adultos e atividades que servem de complemento para a formação das crianças, conhecimentos que não ganharão na escola ou em casa”, acredita.
O estudante Douglas Santos da Silva, da 4ª série do ensino fundamental, se divertiu tentando reconstruir o ciclo de transmissão da esquistossomose, atividade proposta pelo Laboratório de Esquistossomose do IOC. “Gostei de ver os barbeiros de perto e aprendi bastante sobre leishmaniose e esquistossomose também”, afirmou. “Agora posso ajudar na prevenção dessas doenças.” No mesmo estande, os visitantes também puderam observar ovos de esquistossomos e o próprio verme adulto no microscópio.
Gutemberg Brito |
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Douglas tenta desvendar o ciclo da esquistossomose. As atividades da feira transmitem às crianças a importância dos cuidados básicos com a higiene, a saúde e o meio ambiente |
“Venho há anos, todas as vacinas dele foram dadas no evento”, afirma Edineide da Costa Bispo, referindo-se ao filho Mateus, de oito anos, enquanto o garoto segura, receoso, um caramujo aruá-do-mato no estande do Laboratório de Malacologia do IOC. A atividade fez sucesso entre as crianças, trazendo uma coleção de conchas de diversas espécies de moluscos terrestres do Brasil e exemplares vivos das espécies Megalobulinos oblongos, popularmente conhecida como aruá-do-mato; e Achatina fulica, o caramujo-africano. “Esse ano trouxe meu outro filho, Rafael, de três anos, para ser vacinado e começar a aprender um pouco de ciência também”, completa Edineide.
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Mateus, de oito anos, encara um espécime de Achatina fulica, o caramujo-africano. Crianças e adultos têm a oportunidade de aprender sobre moluscos, insetos e outros animais de importância para saúde pública do Brasil |
No final do evento, não era difícil perceber que, além da enorme quantidade de brindes, como balas, plantas e folhetos educacionais, pais e filhos deixavam a Fundação também repletos de novas experiências. “Ganhei peteca, iô-iô, pirulito e aprendi muita coisa legal”, afirmou Julio César de Paiva, de 8 anos. “Mas o que mais gostei foi de ver as larvas do mosquito no microscópio.”
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César se diverte aprendendo sobre saúde e higiene. As atividades do Fiocruz pra Você promovem o aprendizado científico fácil e divertido |
O pesquisador Arlindo Serpa Filho, do Laboratório de Simulídeos e Oncocercose, foi o responsável pela atividade que explicava aspectos ecológicos e de saúde dos borrachudos, insetos da família das moscas e mosquitos. Para ele, a participação das crianças no evento é fundamental. “É muito importante que a criança tenha contato com a ciência desde cedo”, acredita. “Ela atua como um multiplicador das informações, isso é fundamental para uma mudança de cultura em relação à vigilância sanitária e à saúde pública.”
16/06/2008
Marcelo Garcia
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