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Fiocruz pra Você alia diversão e aprendizado sobre saúde

Confira a galeria de fotos do Fiocruz pra Você 

Foi realizado no dia 14, em Manguinhos, o Fiocruz pra Você 2008. Tradicional evento do calendário de vacinação nacional, a iniciativa também funciona como uma enorme feira de ciências, apresentando para a população o trabalho desenvolvido nas diversas unidades da Fundação. O evento contou com a presença do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que vacinou crianças e visitou algumas atividades da feira, entre elas as desenvolvidas pelo Instituto Oswaldo Cruz. Vários artistas também prestigiaram o evento, destacando a importância da vacinação e da aproximação entre a ciência e a sociedade

 Gutemberg Brito

 

O Ministro da Saúde José Gomes Temporão visitou as atividades apresentadas pelo IOC e ressaltou a importância da Fiocruz na promoção da saúde pública no Brasil


A 17ª edição do Fiocruz pra Você teve como tema Não pode bobear, tem que vacinar e integrou a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, erradicada no Brasil desde 1989. Durante todo o sábado, a Fundação recebeu a visita de mais de 15 mil pessoas e 5.039 crianças foram vacinadas contra a paralisia infantil. O Ministro da Saúde José Gomes Temporão vacinou crianças e ressaltou a importância da campanha. “Apesar de estarmos livres da doença há anos, ela ainda é um problema em outros países. Por isso, o trabalho de vigilância tem que continuar”, explicou. “Há uma tendência natural à acomodação, mas só conseguimos erradicar a doença através do trabalho duro e da colaboração de todos. Precisamos que essa mobilização continue.”

O ministro visitou as atividades propostas por algumas das unidades da Fiocruz, inclusive o IOC, e destacou a importância da fundação na promoção da saúde pública no Brasil. “A Fiocruz desenvolve e fabrica vacinas, fundamentais para qualquer estratégia de saúde pública”, ponderou. “Essa festa linda também serve para mostrar à população a importância do trabalho desenvolvido aqui.”

 Gutemberg Brito

 

Temporão vacinou crianças e classificou a campanha contra a poliomielite como fundamental para manter a doença erradicada do Brasil  


A campanha de vacinação também contou com a presença de atletas, como o medalhista olímpico Robson Caetano, e artistas como as atrizes Flávia Alessandra, Fabiana Karla, Sophie Charlotte e Caroline Figueiredo.

Brincadeiras e informação para ensinar ciência de forma divertida

Além da vacinação, o evento ofereceu espetáculos de teatro, música e dança e foi oportunidade para crianças e adultos conhecerem um pouco do trabalho científico desenvolvido pela Fiocruz. No total, foram desenvolvidas 70 atividades voltadas para a divulgação da ciência, a prevenção de doenças e a promoção dos cuidados com a saúde e com o meio ambiente, tudo de forma simples e divertida.

O IOC integrou o evento com 15 atividades, que envolveram pintura, desenho, maquetes, jogos educativos, observação em microscópio e distribuição de brindes e folhetos informativos. O objetivo foi promover o aprendizado em saúde, apresentando doenças como hepatite, leishmaniose, febre amarela, leptospirose, esquistossomose e doença de Chagas. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer uma parte das coleções entomológicas do IOC, ver de perto espécimes vivos de barbeiros e até manusear caramujos-africanos, animais que podem ser vetores de doenças para o ser humano.

 Gutemberg Brito

 

Gisele acredita que o evento é uma oportunidade única para a filha, Sellen, complementar sua formação com conhecimentos que não têm na escola ou em casa


A união de informação, ciência e diversão fez sucesso entre crianças e adultos. A dona de casa Gisele da Conceição, de 26 anos, acredita que o evento é uma oportunidade única para que as crianças tenham contato com certos conhecimentos. “Aqui há informação importante para os adultos e atividades que servem de complemento para a formação das crianças, conhecimentos que não ganharão na escola ou em casa”, acredita.

O estudante Douglas Santos da Silva, da 4ª série do ensino fundamental, se divertiu tentando reconstruir o ciclo de transmissão da esquistossomose, atividade proposta pelo Laboratório de Esquistossomose do IOC. “Gostei de ver os barbeiros de perto e aprendi bastante sobre leishmaniose e esquistossomose também”, afirmou. “Agora posso ajudar na prevenção dessas doenças.” No mesmo estande, os visitantes também puderam observar ovos de esquistossomos e o próprio verme adulto no microscópio.

 Gutemberg Brito

 

Douglas tenta desvendar o ciclo da esquistossomose. As atividades da feira transmitem às crianças a importância dos cuidados básicos com a higiene, a saúde e o meio ambiente

“Venho há anos, todas as vacinas dele foram dadas no evento”, afirma Edineide da Costa Bispo, referindo-se ao filho Mateus, de oito anos, enquanto o garoto segura, receoso, um caramujo aruá-do-mato no estande do Laboratório de Malacologia do IOC. A atividade fez sucesso entre as crianças, trazendo uma coleção de conchas de diversas espécies de moluscos terrestres do Brasil e exemplares vivos das espécies Megalobulinos oblongos, popularmente conhecida como aruá-do-mato; e Achatina fulica, o caramujo-africano. “Esse ano trouxe meu outro filho, Rafael, de três anos, para ser vacinado e começar a aprender um pouco de ciência também”, completa Edineide.

 Gutemberg Brito

 

 Mateus, de oito anos, encara um espécime de Achatina fulica, o caramujo-africano. Crianças e adultos têm a oportunidade de aprender sobre moluscos, insetos e outros animais de importância para saúde pública do Brasil

No final do evento, não era difícil perceber que, além da enorme quantidade de brindes, como balas, plantas e folhetos educacionais, pais e filhos deixavam a Fundação também repletos de novas experiências. “Ganhei peteca, iô-iô, pirulito e aprendi muita coisa legal”, afirmou Julio César de Paiva, de 8 anos. “Mas o que mais gostei foi de ver as larvas do mosquito no microscópio.”   

 Gutemberg Brito

 

César se diverte aprendendo sobre saúde e higiene. As atividades do Fiocruz pra Você promovem o aprendizado científico fácil e divertido 

O pesquisador Arlindo Serpa Filho, do Laboratório de Simulídeos e Oncocercose, foi o responsável pela atividade que explicava aspectos ecológicos e de saúde dos borrachudos, insetos da família das moscas e mosquitos. Para ele, a participação das crianças no evento é fundamental. “É muito importante que a criança tenha contato com a ciência desde cedo”, acredita. “Ela atua como um multiplicador das informações, isso é fundamental para uma mudança de cultura em relação à vigilância sanitária e à saúde pública.”

16/06/2008
Marcelo Garcia

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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