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IOC participa de reunião da Rede Internacional de Institutos Pasteur

Parte das comemorações dos 120 anos do Instituto Pasteur, de Paris (França), a reunião da Rede Internacional de Institutos Pasteur (RIIP) 2008 promoveu o encontro de diretores das instituições científicas que compõem a rede durante o simpósio Research on infectious diseases: a global challenge, realizado nos dias 26 e 27 de junho. Representando a Fiocruz, reconhecida como “instituição correspondente” da RIIP, a diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Tania Araújo-Jorge, integrou as discussões. Em entrevista, ela conta os resultados desta missão de cooperação internacional.

 Instituto Pasteur de Paris

 
 Louis Pasteur
 A cooperação científica entre Brasil e França é de longa data: em 1896, Oswaldo Cruz especializou-se em bacteriologia no instituto que recebe o nome do pesquisador Louis Pasteur (acima). 

Qual a participação da Fiocruz na Rede Internacional de Institutos Pasteur?
A rede, em francês reseau, integra institutos de pesquisa científica de todo o mundo em três níveis organizacionais. No primeiro grupo estão reunidos diretores de instituições diretamente financiadas pelo Instituto Pasteur de Paris, como os institutos de Guadalupe, Guiana Francesa, Camboja e Vietnã. Outro grupo é formado por instituições de língua francesa associadas ao Instituto Pasteur de Paris por meio de projetos e interesses comuns. É o caso do Instituto Armand-Frappier, no Canadá, e do Instituto Stephan Angeloff, na Bulgária. A Fiocruz integra a rede num terceiro nível, com status de instituição correspondente, e é reconhecida como um parceiro  privilegiado no Brasil e na América Latina. Ao todo, são 30 institutos de pesquisa em todo o mundo, que somam cerca de nove mil recursos humanos.

Quais os objetivos de sua participação?
Acompanhar as discussões da RIIP e confirmar a realização da próxima reunião da Rede, em 2009, no Brasil, a convite da Fiocruz. A ocasião foi oportunidade também para apresentar e operacionalizar as atividades propostas pela Fiocruz para o Ano da França no Brasil e para consolidar a cooperação internacional França-Brasil e Pasteur-Fiocruz.

Quais as oportunidades geradas pelo encontro?
O evento promoveu muitas reuniões e proporcionou contatos formais e informais para definir temas de interesse comum e propor parcerias. A diretora geral da RIIP, Alice Dautry, e o diretor de negócios internacionais, Yves Charpak, que esteve no campus da Fiocruz durante as comemorações dos 108 anos do IOC, receberam todos os diretores com muita cortesia e eficiência. Tive a oportunidade de conversar longamente com o novo diretor adjunto do Instituto Pasteur de Paris, Tony Pungsley, no cargo há apenas duas semanas, e pude apresentar a ele detalhes da Fiocruz e sua estrutura de pesquisa biomédica.

O que foi definido sobre o Ano da França no Brasil, em 2009?
Existe uma comissão formada pelos Ministérios do Exterior brasileiro e francês empenhada em produzir a iniciativa e durante a reunião tive a oportunidade de detalhar a proposta da Fiocruz para realização de dois eventos principais: a reunião da RIIP 2009 e a celebração do centenário da descoberta da doença de Chagas.

O Ano do Brasil na França, em 2005, é lembrado pelos franceses como um evento que proporcionou a realização de manifestações culturais e científicas muito valiosas. Uma das conseqüências deste sucesso é o compromisso de realizar o Ano da França no Brasil, com o mesmo objetivo de estreitar relações internacionais entre os países.

Quais compromissos assumidos pelo IOC para este evento?
O IOC será responsável por auxiliar na reconstrução da história da cooperação Fiocruz-Pasteur e de sua herança científica, em especial em relação às perspectivas sobre a pesquisa em febre amarela. Este resgate inclui a produção de um documentário pelo Serviço de Produção e Tratamento de Imagem do IOC sobre a história da cooperação entre os dois institutos, que contará com uma pesquisa do volume de brasileiros associados ao Instituto Pasteur de Paris nesses 120 anos, com foco nos cientistas da Fiocruz e nas repercussões desta interação. Um livro de fotografias sobre a missão francesa de febre amarela, realizada entre 1901 e 1905, também será editado.

No âmbito da pesquisa científica, há alguma novidade?
Sim, a reunião possibilitou avanços na cooperação em pesquisas sobre tuberculose. Alguns contatos especiais foram “encomendados” pelo pesquisador Gilles Marchal, que já trabalha em cooperação com o IOC e mostrou-se animado com a incorporação do Centro de Referência Helio Fraga à Fiocruz.

Além disso, o acordo Pasteur-Fiocruz prevê novo edital, ainda em 2008, para fomento de até oito projetos de pesquisa, que receberão €10 mil cada para o financiamento de passagens e diárias, mas não de materiais de custeio ou gastos permanentes.

02/07/08

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).


 

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