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Professores da rede pública recebem capacitação gratuita no ensino de biologia

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) promove, até o próximo sábado, 31 de janeiro, a primeira fase do 1º Curso de Capacitação de Professores de Biologia no Âmbito da Histologia e da Biologia Celular, voltado para professores de biologia de escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo é atualizar e preparar os profissionais para o ensino desses temas de maneira dinâmica e divertida, através de atividades lúdicas em sala de aula e em laboratório. O curso, que é gratuito e teve início na segunda-feira, dia 26, aborda temas atuais como transplante de órgãos, células-tronco e biossegurança, de forma a estimular o debate entre professores e alunos. As próximas fases do programa serão compostas, entre outras atividades, por aulas práticas nas escolas com kits distribuídos pelo laboratório e por avaliações dos livros didáticos utilizados no ensino dessas disciplinas.

Rodrigo Méxas

Laboratório de patologia do IOC

Durante seis dias, os professores da rede pública terão aulas práticas e teóricas sobre biologia celular e histologia, ministradas por pesquisadores do Laboratório de Patologia do IOC


O principal objetivo do curso é tornar mais fácil e prazeroso o aprendizado de importantes conteúdos ligados à biologia celular e à histologia. “Em geral, o ensino de tópicos como diferenciação celular, estrutura dos tecidos, técnicas histológicas e genoma é baseado apenas nas informações e imagens presentes nos livros didáticos, o que torna as aulas pouco interessantes”, acredita a pesquisadora Barbara Dias de Oliveira, do Laboratório de Patologia do IOC, uma das coordenadoras do projeto. “Nosso objetivo é atualizar os professores, orientar como podem desenvolver atividades lúdicas em sala de aula e práticas de laboratório, além de estimular que debatam temas atuais com os alunos, que raramente estão presentes nos livros didáticos ou nos conteúdos programáticos das escolas.”

O curso é composto por aulas teóricas e práticas. No total, são 12 professores de escolas públicas estaduais, que poderão revisar os conhecimentos sobre diversos tópicos e debater temas controversos ou que tenham passado por alterações e atualizações nos últimos anos. Em laboratório, aprendem desde como obter fragmentos de órgãos até coloração e leitura de lâminas histológicas. O laboratório também vai distribuir um kit de aula prática para coloração e leitura de lâminas. Parte da avaliação dos professores que passam pela capacitação é justamente a aplicação deste material em sala de aula. O curso contará, ainda, com a apresentação do site Museu da Patologia Online, ligado ao laboratório de Patologia do IOC, onde os professores encontrarão sugestões para aulas práticas que podem ser elaboradas com materiais simples, como a coloração de células de cebola e a montagem de estruturas de partículas virais com canudos.

Rodrigo Méxas

 

 12 professores da rede pública assistiram as aulas do curso 

O objetivo do curso é estimular um ensino mais dinâmico, apostando em aulas práticas, atividades de laboratório e discussões relacionando biologia celular e histologia a temas atuais   

Para os professores participantes, o curso é uma oportunidade de aprender formas para tornar o aprendizado dessa área da ciência mais interessante para os alunos. “Muitas vezes esses conteúdos são pouco valorizados pelos estudantes por serem muito abstratos e passados em pouco tempo, em meio a diversos outros assuntos”, explica Angélica Fernanda de Paula Barbeiro, professora da Colégio Estadual Toninho Marques, em Volta Redonda, e do Colégio Pedro II, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. “O curso serve para desmistificar esse conhecimento e nos permitirá mostrar para os estudantes que a histologia e a biologia celular têm relação com temas atuais, como células-tronco e transplantes de órgãos, além de nos mostrar ferramentas que possam tornar as aulas mais dinâmicas e atraentes”, complementa a professora Fernanda Mansur, do Colégio Estadual Luis Peixoto, em Queimados.

A iniciativa também representa para os docentes um reencontro com o meio científico. “Raramente temos a oportunidade de passar por uma formação ou atualização em que possamos nos reaproximar do processo de produção da ciência, do qual acabamos nos distanciando após sair da graduação”, argumenta Bárbara. “Essa interação é muito importante, pois apesar do conhecimento ser produzido em institutos como esse, nós somos a ponte, são os professores que despertam na criança o interesse científico”, conclui Leonardo Balbino de Oliveira, professor do Colégio Estadual Bocayuva Cunha, de Paciênia.

O curso, que tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), através do edital “Apoio à melhoria do ensino de ciências e de matemática em escolas públicas do Rio de Janeiro” e vai até agosto de 2009. As próximas fases envolverão aula prática baseada no kit distribuído e uma avaliação feita pelos próprios professores sobre os conceitos abordados e a atualidade dos livros didáticos utilizados pelas escolas, a partir dos conhecimentos adquiridos no curso. 

Marcelo Garcia

29/01/09

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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