Quando Carlos Chagas descobriu a doença que levaria seu nome, em 1909, deu início aos estudos sobre taxonomia de Triatomíneos, vetores da infecção. O trabalho foi continuado pelo pesquisador Herman Lent a partir da década de 30 e por outras gerações de cientistas. O resultado destes 100 anos de pesquisa é evidenciado pela atuação do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que guarda um acervo inestimável, reunindo 24 mil espécimes de barbeiros, do Brasil e do mundo. O centro consolida-se como uma importante fonte de informações taxonômicas e também atua na criação de barbeiros vivos, que são fornecidos para a realização de pesquisas em diversas instituições.
Gutemberg Brito |
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José Jurberg, coordenador do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos ilustra exemplares da coleção |
Gutemberg Brito |
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Colônia de barbeiros da coleção viva de triatomíneos cultivada no laboratório do IOC, fonte de referência para consultas de pesquisadores brasileiros e estrangeiros |
Todos os barbeiros estão livres de contaminação pelo Trypanosoma cruzi, o que exige cuidados que começam na coleta, realizada em campo, quando os insetos são levados para laboratório e têm seus ovos retirados para dar início a uma nova criação. “Hoje são conhecidas 141 espécies de barbeiros e a maioria está representada aqui, por isso fornecemos insetos vivos para pesquisas realizadas em toda a América. Para abastecer estas demandas, desenvolvemos contínuas pesquisas de campo para coleta de exemplares de diversas espécies em todo o país”, pontua José Jurberg.
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Pâmela Pinto
29/05/2009
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