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Simpósio internacional comemora centenário da descoberta da Doença de Chagas

O Simpósio Internacional do Centenário da Descoberta da Doença de Chagas (1909 - 2009) será realizado pela Fiocruz de 8 a 10 de julho (quarta a sexta-feira) no Rio de Janeiro. Especialistas nacionais e estrangeiros apresentarão trabalhos científicos inéditos e debaterão temas relevantes, como desenvolvimento de vacinas e medicamentos, novas formas de contágio da doença e protocolos de tratamento de pacientes. 

O Simpósio comemora a descoberta, em 1909, pelo pesquisador Carlos Chagas, da doença que levaria seu nome e que hoje afeta cerca de 16 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre os destaques da programação estão as palestras Vacinas: Abordagens promissoras (Erney Camargo, pesquisador da Universidade de São Paulo - USP) e Vacina genética contra infecção experimental por Trypanossoma cruzi (Maurício Rodrigues, da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ). Outros estudos sobre o tema serão apresentados.

Também serão discutidas novas terapias e medicamentos para a doença. Sobre este tema, James McKerrow (Universidade da Califórnia) apresenta conferência sobre novas drogas para doença de Chagas, enquanto Rick Tarleton (Wake Forest University) debate cura e resistência à infecção associadas a medicamentos. Win Degrave (Fiocruz) apresenta a palestra Vias metabólicas e potenciais alvos para drogas. O especialista no uso de células-tronco em pacientes com Chagas, Ricardo Ribeiro dos Santos (Fiocruz Bahia), fala sobre o sucesso do procedimento já testado em 30 pacientes e, atualmente, na nova etapa da pesquisa com 200 pacientes brasileiros. 

Novidades sobre os mecanismos de infecção também têm espaço na programação. Maria de Lourdes Higuchi (Incor – SP) apresentará a teoria de que não basta a doença de Chagas depende não apenas da infecção pelo Trypanosoma cruzi, mas está atrelada a uma co-infecção associada. Estratégias de controle do barbeiro (vetor clássico da doença) e os meios alternativos de transmissão, como a alimentar, estarão na pauta de mesas-redondas e mini-conferências.

Duas das mais importantes autoridades em Chagas do país estarão presentes no evento. Os pesquisadores José Rodrigues Coura (Instituto Oswaldo Cruz/Fiocruz) e João Carlos Pinto Dias (Fiocruz Minas) apresentam respectivamente A situação atual da epidemiologia e controle da doença de Chagas no Brasil e Erradicação da doença de Chagas: perspectivas.

A conferência que abre o simpósio será proferida pelo presidente da Fiocruz Paulo Gadelha. O evento será encerrado na tarde do dia 10/07 (sexta-feira) com conferência de Carlos Médici Morel (ex-diretor do Tropical Diseases Research TDR/OMS e atual diretor do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz – CDTS), Políticas de saúde de países em desenvolvimento: qual o papel da ciência, tecnologia e inovação?, com coordenação por Reinaldo Guimarães (Secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde).  

A programação completa e outras informações estão disponíveis em www.chagas2009.com.br.

Doença de Chagas no Mundo

A doença de Chagas afeta cerca de 16 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Nas últimas décadas especialistas identificaram a mudança do perfil epidemiológico da doença. Os focos que eram restritos à América Latina, agora avançam em países onde o vetor clássico (barbeiro) não está presente, por vias alternativas (transfusão sanguínea e transplante de órgãos de imigrantes). Países como Espanha, Suíça, França, Japão, Austrália, Canadá e Estados Unidos, que até então não estavam preparados para identificar pacientes chagásicos, registram casos da doença.

No Brasil, estima-se em dois milhões o número de pacientes crônicos – 600 mil com complicações cardíacas ou digestivas que levam a óbito cinco mil pessoas por ano. Em valores absolutos, o número de brasileiros que morrem por doença de Chagas é similar ao dos que morrem por tuberculose e dez vezes superior às mortes causadas por esquistossomose, malária, hanseníase ou leishmaniose.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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