O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reúne, entre 16 e 18 de setembro, 250 especialistas nacionais e internacionais no I Encontro Latino-Americano em Helmintoses, realizado em Teresópolis (RJ). O evento tem como objetivo debater um dos maiores problemas da saúde pública mundial, as verminoses. Os helmintos, como também são conhecidos, foram responsáveis por 40% do total de agravos na saúde pública na última década, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Gutemberg Brito |
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Realizado em Teresópolis (RJ), encontro reúne 250 pesquisadores brasileiros e estrangeiros, para debater um dos maiore problemas da saúde pública mundial, as helmintoses |
As infecções por helmintos ocasionam doenças graves que refletem negativamente no crescimento e desenvolvimento cognitivo da população, comprometem o rendimento escolar, geram baixa produtividade no trabalho e aumentam os gastos com assistência médica. Cerca de 300 milhões de pessoas apresentam doenças graves em virtude do parasitismo por vermes, das quais pelo menos 50% são crianças em idade escolar.
Segundo a coordenadora do evento, Delir Corrêa Gomes, o Encontro é uma oportunidade de atualizar os conhecimentos sobre o tema e seus desdobramentos no Brasil e na América Latina. “Nosso objetivo é promover a interação entre os participantes e os seguimentos da pesquisa, serviço e ensino, para mapear as dificuldades e possibilidades reais da helmintologia médico-veterinária no processo de desenvolvimento das políticas de saúde e tecnologia brasileira, latino-americana e mundial”, reforça. Outra expectativa da reunião é propor diretrizes para a pesquisa, o serviço, a educação e demais questões de interesse da Helmintologia.
Gutemberg Brito |
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As organizadoras do encontro, Renata Neves, Delir Corrêa e Rosângela Rodrigues, pesquisadoras do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados do IOC |
A programação teve início nesta quarta-feira (16/09), com a conferência sobre A importância dos Helmintos para Saúde Pública, proferida pelo pesquisador Carlos Graeff (PUC-RS). À tarde, autoridades do sistema público de saúde discutiram, em mesa redonda, os serviços de referência brasileiros na área; os trabalhos foram encerradas com apresentação de pôsteres.
Temas como zoonoses, epidemiologia, taxonomia, morfologia, diagnóstico e bioquímica, programas de educação em saúde e políticas de vigilância e controle das helmintoses fazem parte da dinâmica de palestra, debates e mesas redondas do encontro. Representantes do México, Chile, Costa Rica, Peru, Uruguai debaterão as realidades locais de seus trabalho com pesquisadores brasileiros durante os três dias do encontro para promover o intercâmbio de experiências e conhecimento.
Pâmela Pinto
15/09/09
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