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Malária, tuberculose, leishmaniose e esquistossomose em destaque nas Memórias do IOC

A edição de agosto das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reúne resultados de pesquisas que buscam alternativas terapêuticas, diagnósticos mais precisos e estratégias para controle de formas resistentes de diversas doenças, como málaria, leishmaniose, esquistossomose e tuberculose. Os artigos da edição também trazem estudos sobre o impacto da presença do HIV na possibilidade de infecção por HPV, além de observações realizadas durante epidemias de micose subcutânea, no Rio de Janeiro, e de leishmaniose, no Centro-Oeste do Brasil e em áreas limítrofes com a Argentina e o Paraguai.

 Memórias do IOC

 

 Imagens de microscopia confocal de células HEK-293 infectadas com o adenovírus humano 41

Inovação Brasileira

Entre os artigos de maior destaque da revista, estão algumas inovações desenvolvidas pela pesquisa brasileira na área biomédica. Um dos estudos divulgados nessa edição apresenta novo método de diagnóstico para esquistossomose, criado por pesquisadores da Fiocruz Minas e do IOC. Os resultados sugerem que a nova técnica, mais barata e mais sensível do que as anteriormente utilizadas, na detecção dos ovos do parasito causador da esquistossomose.

Em outro estudo, pesquisadores da UFRJ isolaram bactérias de esponjas marinhas do litoral fluminense para produzir substâncias antimicrobianas. Um dos componentes identificados pode ser utilizado contra bactérias resistentes a antibióticos e com isso, contribuir para o desenvolvimento de terapias alternativas no tratamento de infecções causadas por bactérias multirresistentes.

A frequência e os tipos de papilomavírus humano (HPV) em gestantes e mulheres não grávidas portadoras do HIV foi o tema de uma pesquisa conjunta realizada entre a Fiocruz Recife e a Universidade Federal de Pernambuco. O trabalho apontou que as mulheres com HIV apresentam um maior risco de infecção por HPV e para o câncer do colo do útero.

Malária: destaque internacional

Entre os artigos publicados por pesquisadores do exterior, ressalta-se a pesquisa em malária. Um estudo sobre os vetores da doença buscou levantar sua taxa de transmissão em aldeias no sul da Venezuela, em áreas com atividade de mineração de ouro. Por meio da coleta de mais de seis mil fêmeas, os pesquisadores identificaram uma taxa de inoculação de quatro picadas infectantes por pessoa, a cada ano.

A doença também foi tema de uma pesquisa desenvolvida na África, que verificou a eficácia dos extratos de plantas utilizados na terapia do agravo, na região do Lago Vitória – o segundo maior lago de água doce do mundo. Pesquisadores da Universidade de Agricultura e Tecnologia do Kenya apontaram que apenas 22% dos extratos exibiram, in vitro, uma atividade antiplasmodical elevada.

Outro estudo, resultado de cooperação binacional entre Brasil e Itália, por meio de instituições como IOC, UFRJ, UFRGS, e o Centro Regionale di Riferimento per i Micobatteri, verificou as mutações genéticas responsáveis pela resistência do Mycobacterium tuberculosis à isoniazida, principal substância utilizada no tratamento da tuberculose. A detecção rápida deste polimorfismo genético pode auxiliar as terapias adotadas no tratamento, controle e vigilância epidemiológica da resistência à isoniazida e, possivelmente, o controle da transmissão de tipos resistentes da infecção.

O trabalho realizado pela equipe da Gazi University School of Medicine, em Ancara, sugere que a gravidade das infecções por protozoários entéricos pode ser mediada por fatores do hospedeiro. A conclusão de pesquisadores da Turquia partiu do estudo que avaliou a interação dos subtipos da infecção por Blastocystis com três tipos de agravos: a síndrome do intestino irritável, a doença inflamatória intestinal e a diarréia crônica.

Descobertas

Entre as principais descobertas apresentadas nessa edição das Memórias, aparece a identificação, feita por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC/Fiocruz), da importância do gato doméstico como um dos propagadores pelo fungo Sporothrix schenckii. A descoberta foi realizada a partir de dados coletados em epidemia desta micose subcutânea, em curso do Rio de Janeiro.

Uma parceria entre USP, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Royal Ontario Museum (Canadá) detectou uma nova espécie de inseto hematófago - o borrachudo, Simulium (Inaequalium) marins, no Brasil. A nova espécie foi coletada nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Outro estudo, resultado da colaboração da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul com o IOC e a Universidade de São Paulo, registrou a fauna de flebotomíneos em região do Mato Grosso do Sul onde vem ocorrendo epidemias da leishmaniose cutânea. A pesquisa, realizada após um surto da doença na localidade de Bela Vista, identificou a presença de 18 espécies do vetor na região.

Leia a íntegra da nova edição das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. O acesso é gratuito.

Pâmela Pinto

09/10/09

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

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