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RAIC 2009: Jovens pesquisadores do IOC premiados

A XVII Reunião Anual de Iniciação Científica da Fiocruz (RAIC) terminou com uma festa na sexta-feira, dia 30 de outubro. Mesmo antes do show que fechou o evento, o clima de animação já estava presente com o anúncio dos dez melhores trabalhos de iniciação científica.

 Gutemberg Brito

 

 Estudantes do IOC recebem prêmio na XVII RAIC



A vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Claude Pirmez, durante a cerimônia, contribuiu com o clima ao enaltecer o papel dos participantes das jornadas para a Fiocruz. “Esta edição foi um grande sucesso, com trabalhos de muitíssima qualidade. E isto não é mérito apenas dos orientadores, mas também dos alunos, que trazem sua curiosidade e perguntas instigantes para dentro dos laboratórios. Esta troca entre os jovens e os pesquisadores é muito importante para a Fiocruz”, resumiu.

Iniciação Científica

Nesta edição da RAIC, o IOC teve dois alunos premiados na categoria Melhor Trabalho de Iniciação Científica, além de duas menções honrosas.

Jairo Ramos Temerozo foi premiado pelo trabalho Estudo do Papel do Peptídeo Intestinal Vasoativo (VIP) na Patogênese da Infecção pelo HIV-1 em Células Humanas Primárias, que aborda o papel de uma substância na replicação do vírus. Jairo e seu orientador, Dumith Chequer Bou-Habib, do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo, explicam que a importância do estudo é analisar como o HIV pode ser controlado por substâncias endógenas, ou seja, produzidas pelo próprio organismo.

“A replicação do vírus pode ser influenciada pela ação do próprio organismo do hospedeiro. Sabemos que há substâncias que diminuem e outras que aumentam a replicação do vírus. Nosso estudo mostrou que dois neuropeptídeos, VIP e PACAP, diminuem”, explicou o orientador.

 Gutemberg Brito

 

Angélica descobriu paixão pela ciência na iniciação científica



O segundo prêmio de Iniciação Científica veio com Angélica Fernandes Arcanjo, orientanda de Hugo Caire de Castro Faria Neto, do Laboratório de Imunofarmacologia. Ela foi premiada pelo trabalho O papel da integrina αDβ2 em infecções por Salmonella Typhimurium e Staphylococcus aureus.

Segundo ela, o trabalho marcou o início de sua paixão pela ciência. “O projeto me fez descobrir a ciência, porque eu nunca tinha pensado em trabalhar nesta área. Agora, eu sei o que quero da minha vida: fazer mestrado, doutorado e seguir pesquisando.”

Além dos dois premiados, mais dois trabalhos do Instituto receberam menção honrosa na categoria Iniciação Científica. A aluna Ellen Cristina Felix Altoé, orientada por Claudia Masini D’Ávila Levy, do Laboratório de Biologia Molecular e Doenças Endêmicas, recebeu a menção pelo trabalho Identificação de homólogos das calpaínas em Leishmania braziliensis e avaliação do efeito de seus inibidores sobre o parasito.

Os resultados alcançados no estudo sugerem que há um possível envolvimento de proteínas homólogas às calpaínas em eventos cruciais para o parasito, como o seu crescimento e expressão de fatores de virulência.

Já Thiago José Figueira Ramos, que há dois anos conquistou o prêmio de melhor trabalho de IC, este ano foi agraciado com menção honrosa pelo estudo Efeito do corticóide Flunisolida sobre a ativação de fibroblastos pulmonares em sistema de cultura in vitro.

Patrícia Machado Rodrigues e Silva, orientadora de Thiago e pesquisadora do Laboratório de Inflamação, explica que o trabalho se insere numa pesquisa sobre a silicose, doença pulmonar crônica causada pela inalação de partículas de sílica. “Ele participou de todo o projeto de desenvolvimento de um sistema in vitro de análise de cultura de fibroblastos, no qual poderemos avaliar o efeito de drogas potencialmente antifibróticas. Nossa ideia é buscar terapias eficazes para uma doença para a qual não existe tratamento até o momento”, diz.

Gutemberg Brito

 

Marcos Gustavo Araujo Schwarz recebe prêmio de Melhor Trabalho de Iniciação Tecnológica



Iniciação Tecnológica

O IOC também foi contemplado com o prêmio de Melhor Trabalho de Iniciação Tecnológica. Marcos Gustavo Araujo Schwarz, orientando de Marcelo Alves Ferreira, pesquisador do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática, foi premiado pelo trabalho Ribose 5-fosfato Isomerase de Leishmania major: Caracterização Molecular e Identificação da Enzima Nativa.

Ferreira explica que o trabalho é voltado para a compreensão de como essa enzima funciona e em quais estruturas celulares ela está presente. “A enzima não foi escolhida aleatoriamente, ela apresenta uma característica estrutural diferente da enzima humana que desempenha o mesmo papel em nossas células. A ideia é estudar esta enzima como um possível novo alvo terapêutico para o tratamento de leishmaniose”, diz.

Vocação científica

Na categoria Provoc, o IOC também recebeu o prêmio de melhor trabalho, com a aluna Ana Carolyne do Nascimento, que desenvolveu o estudo Utilização do íon cálcio pelo planorbídeo Biomphalaria glabrata, principal hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni no Brasil. Ela foi orientada por Clélia Chirstina Corrêa de Mello-Silva, do Laboratório de Esquistossomose Experimental.

O objetivo era estudar a influência de diferentes concentrações de carbonato de cálcio no crescimento, peso e fecundidade de Biomphalaria glabrata jovem. Elas concluíram que o uso do carbonato de cálcio na criação dos moluscos em condições laboratoriais é imprescindível, pois influencia diretamente no ganho de peso, no crescimento e na qualidade das posturas. “Quanto melhores as condições nutricionais na criação destes moluscos, maior será o crescimento populacional, viabilizando diversos experimentos”, explicou Ana Carolyne.

Outra aluna orientada por Patrícia Machado Rodrigues e Silva, Vanessa do Rosário Costa Mendes recebeu menção honrosa na categoria Vocação Científica com o Estudo do efeito do peptídeo ac2-26 sobre a inflamação pulmonar causada por sílica em camundongos. “Ela avaliou um peptídeo derivado da anexina-1, uma proteína que é endogenamente secretada e como a ausência dela repercutiria no contexto da silicose, tentando entender um pouco o controle endógeno do organismo frente a esta injúria. O modelo animal mostrou que essa proteína realmente é antiinflamatória, o que leva a crer que no futuro possamos trabalhar com derivados dessa molécula como alternativa terapêutica”, explica Patrícia.

03/11/09

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