O metabolismo do Trypanosoma cruzi, protozoário causador da doença de Chagas, é o foco de um estudo que busca novos alvos terapêuticos com base em técnicas de bioinformática e de genômica funcional. Estudo publicado na edição de dezembro de 2009 da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz apresenta resultados de experimentos realizados in silico (feitos em computadores por meio da bioinformática - técnica que une ciência computacional e biologia molecular) realizado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz em parceria com cientistas do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do Ministério da Ciência e Tecnologia.
“Os medicamentos utilizados hoje para tratamento da doença de Chagas foram desenvolvidos nas décadas de 60 e 70. Eles podem provocar reações colaterais e dar origem à resistência, daí a importância de se investigar a possibilidade de se desenvolverem novas drogas”, afirma Marcelo Alves Ferreira, pesquisador do Laboratório de Genômica Funcional e Bioinformática do IOC, um dos autores do artigo. Segundo ele, o estudo, realizado tendo em vista uma abordagem de desenvolvimento racional de novas drogas, é uma etapa inicial para a prospecção de novos medicamentos. “Neste processo, buscam-se alvos biológicos, no caso, enzimas ou proteínas, e investigamos substâncias que possam ter efeitos nesses alvos, agindo de modo a ‘desativar’ o agente patogênico”, explica.
Gutemberg Brito |
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O pesquisador Marcelo Alves Ferreira esclarece que o estudo para encontrar alvos terapêuticos no T. cruzi foi realizado por meio da bioinformática – técnica que utiliza ciência computacional e biologia molecular |
Marina Schneider
17/03/10
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