Fiocruz
no Portal
neste Site
Fundação Oswaldo Cruz
Página Principal

Biodiversidade em pauta

O debate sobre as estratégias para conservação da biodiversidade no Brasil encerrou a programação da manhã desta quinta-feira, 10/06, do I Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O biólogo Adriano Paglia, da organização não-governamental Conservação Internacional, apresentou um panorama sobre as espécies ameaçadas na fauna brasileira e expôs os principais desafios para conservar a biodiversidade no país e no mundo.

“Das 47 mil espécies da fauna descritas no planeta, 36% estão ameaçadas de extinção. Em tempos recentes, 750 espécies de animais foram extintas e cerca de 1.500 estão vulneráveis”, apresentou Paglia. “O controle da introdução de espécies invasoras e o monitoramento das populações foram algumas das resoluções acordadas em 2002, durante o seminário para definição de metas nacionais de biodiversidade para 2010. No entanto, o Brasil não avançou, não houve ação efetiva na área”, avaliou o biólogo. As metas também previam o aumento de espécies abrigadas em coleções científicas. “No Brasil, pretendíamos aumentar em 60%, mas ao contrário disso, perdemos um dos nossos principais acervos de répteis com o incêndio ocorrido no Instituto Butantã recentemente”, lamentou.

Gutemberg Brito

 

Paglia reforçou a importância do acervo das coleções científicas para a conservação da biodiversidade

A realização de um diagnóstico aprofundado da atual situação da biodiversidade no planeta foi apontada por Paglia como o primeiro passo para a conservação. “Precisamos saber qual o estado de conservação da diversidade biológica do planeta. Temos que avaliar, no mínimo, 160 mil espécies de todo o mundo para definir as estratégias mais eficientes”, disparou. As mudanças climáticas também são fatores determinantes. Segundo o palestrante, no cenário mais pessimista, em função do aquecimento global, a temperatura sofrerá elevação de cerca de 6ºC até o ano de 2100, o que influenciará na sobrevivência das espécies.

No Brasil, o foco está nos remanescentes da Mata Atlântica. “A Mata Atlântica abriga 60% das espécies ameaçadas no país. Populações monitoradas desde a década de 70 estão diminuindo. Por isso, é necessário um trabalho efetivo de monitoramento das tendências da perda de diversidade biológica nessas regiões”, finalizou o biólogo.

11/06/10

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Versão para impressão:
Envie esta matéria:

Instituto Oswaldo Cruz /IOC /FIOCRUZ - Av. Brasil, 4365 - Tel: (21) 2598-4220 | INTRANET IOC| EXPEDIENTE
Manguinhos - Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP: 21040-360

Logos