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Esquistossomose é tema de edição especial da Memórias do IOC

A esquistossomose é tema da mais recente edição da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. A edição especial integra as comemorações do centenário da descoberta do Schistosoma mansoni no Brasil por Pirajá da Silva, em 1908. São 39 artigos de 165 cientistas de 30 instituições nacionais e internacionais. A edição destaca iniciativas de aprimoramento de produtos e ferramentas atualmente em uso, além de novas pesquisas.

O tratamento da esquistossomose é tema do artigo de revisão produzido por pesquisadores do Laboratório de Doenças Parasitárias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Realizada a partir de uma investigação envolvendo 3.782 pessoas de quatro localidades de Minas Gerais (nos vales dos rios Doce e Jequitinhonha), a pesquisa concluiu que o tratamento específico da esquistossomose com oxamniquine reduz a prevalência da infecção, em curto prazo, e a morbidade por esquistossomose, em longo prazo, mas não contribui para controlar a transmissão da doença.

Artigo de revisão publicado pelo Laboratório de Imunopatologia e Biologia Molecular da Fiocruz-Pernambuco informa o atual estágio do conhecimento sobre as correlações entre a infecção pelo Schistosoma e a desnutrição, em modelo experimental de camundongos. O artigo salienta a importância destas investigações em face da dinâmica de mudança e evolução da infecção que ocorre em dietas da população de camundongos desnutridos e as mudanças nos padrões epidemiológicos da esquistossomose em países endêmicos. Discute também as bases para continuar os estudos sobre o tema. A revisão aborda, ainda, as respostas imunes humoral e celular no modelo de camundongos  rato desnutridos e infectados com S. mansoni.

Com o objetivo de investigar a incidência, as características clínicas e epidemiológicas da esquistossomose, estudo realizado pelo Laboratório de Esquistossomose da Fiocruz-Pernambuco analisou dados coletados entre 1994-2006 a partir da revisão dos prontuários de casos diagnosticados em ambulatórios de neurologia e pediatria e enfermarias de três unidades de saúde em Pernambuco. Os diagnósticos foram baseados em dados epidemiológicos positivos de esquistossomose, achados clínicos e exames laboratoriais. A pesquisa indica a necessidade de políticas de intervenção orientada pela padronização de diagnóstico, evitando assim subnotificação de casos.

O estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Ecoepidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses do IOC verificou a prevalência da esquistossomose em crianças em idade escolar (6-15 anos) na área endêmica de Pernambuco. Dezenove localidades foram selecionadas para a avaliação da prevalência da esquistossomose em indivíduos nas seguintes faixas etárias: 0-5, 6-15, 16-25, 26-40 e 41-80 anos. A pesquisa apontou que o grupo de crianças em idade escolar pode ser considerado como referência para a população em geral e salientou que o Programa de Controle da Esquistossomose deve considerar este grupo como  referência para avaliar a necessidade de intervenção ao nível da comunidade e como grupo-alvo das ações de saúde integrada do Sistema Único de Saúde.

A edição especial aborda também aspectos sobre genômica, imunopatologia, bioquímica, biologia molecular, ecologia e epidemiologia da esquistossomose, bem como ferramentas de diagnóstico e terapêuticas, estratégias de controle e as políticas de saúde pública para doença.

A íntegra da edição está disponível aqui.


11/08/2010

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz).

 

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